No AMAZÔNIA:
“O Pará receberá, nos próximos quatro anos, um volume de investimentos nunca visto em sua história. Para que tamanho investimento propicie o desenvolvimento, é necessário rever a diferença tributária do Pará perante os Estados do Norte e desenvolver melhorias na malha logística da região”, ressaltou ontem o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), José Conrado Santos, durante o evento que apresentou as novas oportunidades para 2010.
Sobre a questão da diferença tributária, a Fiepa – juntamente com o advogado tributarista Helenilson Pontes - produziu e lançou uma cartilha que explica a necessidade de uma Área de Livre Comércio (ALC) no município de Santarém. 'Não estamos pedindo benefícios para o Pará, o que precisamos é de isonomia, de uma equiparação em relação aos Estados do Norte. Afinal, porque só o Pará é que não tem uma ALC na região? É preciso indagar e levar este tema para a sociedade', disse Conrado.
Por não ter uma ALC em seu território, os produtos paraenses são 30% mais caros que os produzidos nos outros Estados nortistas. 'Os Estados da Amazônia, por exemplo, o Amazonas, através de sua capital, Manaus, compra insumos de São Paulo e neste processo são desonerados os impostos. No caso do ICMS, ele deixa de pagar os 7% do imposto e, como a desoneração dá credito presumido, ele ainda ganha esse crédito de mais 7%. Somando se aos outros impostos, essa vantagem chega até 30%. Como o Pará é exceção, isso quer dizer que o Estado é 30% mais caro do que os seus vizinhos', alertou Pontes.
A Fiepa também lançou ontem a segunda edição do guia 'Pará Investimentos 2010-2014: oportunidades e desafios'. O guia mapeia os investimentos mais importantes já anunciados até 2014, os quais superam um volume de US$ 50 bilhões. Fazendo uma referência com o PIB (Produto Interno Bruto) do Estado, os investimentos totais a serem gerados no Pará até 2014 equivalem ao dobro do Estado em 2006 (R$ 44 bilhões).
Além do valor de cada investimento anunciado até 2014, o guia também apresenta as oportunidades de empregos em diversos campos, destacando-se uma participação mais acentuada nos setores da construção civil, montagem e manutenção, engenharia de projetos e fabricação mecânica. Outros setores como turismo e hotelaria devem ser igualmente favorecidos.
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