Poucos estão dando muito importância.
Poucos estão atribuindo a devida, a necessária relevância ao pretendido empréstimo de R$ 366 milhões que o governo Ana Júlia pretende contrair junto ao BNDES.
Mas a aprovação – ou não – desse empréstimo poderá ser a senha que decretará o fim ou a sobrevivência, por mais alguns meses, da aliança entre o PT de Ana Júlia e o PMDB do deputado Jader Barbalho.
O projeto está na Assembleia desde o final do ano passado.
É preciso que o Legislativo dê a autorização necessária para que o Estado contraia o empréstimo. Até agora, nada indica – absolutamente nada – que o PMDB esteja disposto a aprovar a matéria.
A justificativa: a Assembleia já aprovou mais de R$ 1,5 bilhão em empréstimos e até agora o governo do Estado não se dignou esclarecer quando, como e onde o dinheiro está sendo aplicado.
O Legislativo volta às atividades em fevereiro.
O governo, podem anotar, se movimenta para obter a aprovação do empréstimo sem precisar do apoio do PMDB.
É dificílimo que isso ocorra.
Mas, se ocorrer, o governo de Ana Júlia obterá, juntamente com a aprovação, a sua carta de alforria do PMDB.
Do contrário, se o pedido de autorização do empréstimo for rejeitado, e ainda mais, se para a rejeição o PMDB tiver contribuído decisivamente, o governo se sentirá praticamente liberado de considerá-lo como parceiro político - se é que ainda o considera.
O repórter tem conversado com alguns deputados de vários partidos, à exceção dos parlamentares do PT, porque estes, é evidente, vão votar favoravelmente à matéria.
Quanto aos demais, o posicionamento tem variado do “não” irreversível à aprovação do empréstimo a uma posição, no mínimo, reticente, de cautela, naquela base do “está difícil a aprovação, mas vamos ver o que acontece até lá”.
Pois é.
Vamos ver o que acontece até lá.
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