quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Duciomar e Ana Júlia: unidos pelo pão e pelo circo

Duciomar e Ana Júlia.
Ana Júlia e Duciomar.
Prefeito de Belém e governadora do Pará.
Governadora do Pará e prefeito de Belém.
Um pela outra, a outra pelo um, deu no mesmo.
No dia 12 de janeiro, ontem, o dia do aniversário de Belém, o que tivemos?
Tivemos pão e circo.
Mais circo do que pão, aliás.
O governo do Estado contratou os sambistas Dudu Nobre e Diogo Nogueira para divertirem o eleitorado no Hangar. Foi na segunda-feira. Vejam na foto Sua Excelência e o secretário de Cultura, Edilson Moura – pré-candidato da Democracia Socialista (DS) a deputado estadual – com os cantores.
Ontem, foi a vez de Duciomar, que desembolsou uns tostões – e ponham tostões nisso – para que Fábio Jr. desse as suas carreirinhas num palco armado na Aldeia Amazônia, que já foi Cabana.
Também ontem, Duciomar distribui pedaços de um bolão de 430 quilos para os belenenses.
Reparem bem.
Vocês acham que Belém, uma cidade que se quer a Metrópole da Amazônia, o Portal de Entrada da Amazônia, uma cidade com quase 400 anos, vocês acham que Belém, enfim, se contenta com isso?
Reparem só.
Sem exagero, mas há anos que Belém não comemorava o seu dia, o seu aniversário da forma que comemorou ontem: sem uma obra sequer para ser entregue à população. Nenhuma obrinha, dessas que hoje, no dia seguinte ao aniversário, a pessoa pudesse passar por lá e dizer: “Olhem, isso aqui quem fez o Duciomar”; ou então: “Olhem, isso aqui quem fez foi a Ana Júlia”.
Qual a obra marcante de Ana Júlia?
Uma cozinha.
E de Duciomar?
Uma avenida, a Duque.
Aliás, vamos ser justos.
No quesito inoperância, o prefeito está pior do que a governadora.
Porque ela está no início do quarto ano de governo.
Ele já está no início do sexto ano.
E as peças publicitárias?
Um espanto.
Um verdadeiro espanto.
Os jornais publicaram uma peça de Duciomar.
Aparece uma moça – de uma bela morenice, ressalte-se – com os braços abertos. Ao fundo, aparecem algumas fotos: do Theatro da Paz, do Círio, do Palácio Antonio Lemos...
E obras, gente, e obras de Duciomar?
Para não dizer que nada aparece, aparece uma – uminha: um pedacinho, 50 metros se tanto, do Projeto Orla, que está com 70% por serem concluídos.
Pois é.
Diante de tudo isso, desse deserto de realizações, restou o quê.
O pão e o circo.
Aliás, mais o circo do que o pão.

13 comentários:

Anônimo disse...

O importante foi o que ninguem esta noticiando, a grande vaia recebida pela Ana Julia, foi uma vaia histórica, pior que a que o Lula recebeu no Maracanã. Quem tentou ainda quebrar o galho foi o Dudu Nobre que entoou uma musica para tentar abafar estas vaias, mais o estrago já estava feito.

Anônimo disse...

Pois é, meu caro Paulo Bemerguy, você disse tudo.
E ainda tem mais: fazem propaganda com as obras que não são deles, assim como fazem shows com artistas de fora, esquecendo os filhos da terra, mesmo os que estão lá fora, como Fafá, Leila Pinheiro, Billy Blanco e outros, além é claro dos muitos daqui da terra, que tanto sucesso fazem pelos bares da cidade.
Ou seja, num momento em que o poder público poderia muito bem incentivar a nossa cultura, como por exemplo, um circuito da música paraense em vários pontos da cidade, gasta uma grana alta com esses medalhões.
E o nosso secretário de cultura, Edilson Moura, correndo atrás dos votos, tenta pegar os seus 10 minutos de fama, mas acabou mesmo foi levando uma baita de uma vaia junto com a governadora Ana Júlia. Foiram salvos pelo Dudu Nobre que, por isso mesmo, deve ter o seu chachê dobrado.
Eles merecem. As vaias, é claro!
Fico intrigado pelo silêncio da classe artística, pelo fechar de olhos da imprensa e pela acomodação da população.
Mas tudo deve ter uma explicação.

PEDRO PAULO MAIA disse...

Nós eleitores estamos de olho e seremos verdadeiros políticos na hora de decidirmos as mudanças que almejamos. Infelizmente existem eleitores que não se sentem políticos da mudança, mas politizados pelos personagens de circo e mais...e mais circos aparecerão este ano. Ana Julia votei uma vez, reconheço meu tropeço. Duciomar nunca votei. Agora sei: ambos são imcompetentes. Vou parar por aqui. O circo deles estão armados. O meu voto também.

Anônimo disse...

Toda semana esse governo faz uma festa no Hangar. É de grátis..
Pensa que, com isso, consegue enganar a população.
Trabalho para o povo que é bom...
Neca-neca, com dizia o bom radialista Jaime Bastos nos bons tempos do rádio.

Anônimo disse...

Realmente, Paulo foi deprimente essas comemorações. É a pura política do pão e circo imagine que o pt criticava tanto essas práticas?

Anônimo disse...

Uma vergonha eu como moradora dessa cidade tão bonita me sinti envergonhada!

Anônimo disse...

E o melhor a governadora e o nefasto dudu foram vaiados e recebidos com protestos pelos professores.

Anônimo disse...

E os nossos artístas? porque não foram convidados para a festa? depois dizem que não tem dinheiro, que é a crise. Na escola de governo não tem curso porque não tem dinheiro para pagar os professores, um absurdo! isso que é valorização do servidor?

Hiran disse...

Infelizmente só temos que comemorar algo se lembrarmos do passado glorioso de Belém. Hoje a cidade vive seu pior momento em vários aspectos.

Belém é suja, cresce desordenadamente e sem planejamento urbano.

Pessoas morrem nas portas dos hospitais municipais - sem atendimento médico - e de tão rotineira que se tornou a cena já não nos indignamos como em outros tempos.

Qual cidade pode ser considerada boa pra se viver se os seus munícipes não tem saúde de qualidade?

A cidade que já foi uma das mais modernas do Brasil no começo do século XX, hoje caminha a passos de tartaruga quando o assunto é melhoria urbana e qualidade de vida.

Muitos podem dizer que outras capitais também padecem dos mesmos problemas de Belém, decerto esta afirmação é verdadeira. No entanto, em outras cidades há um horizonte de progresso e melhoria..... já em Belém tudo parece estagnado e a sensação é de que não existe perspectiva de crescimento e melhoria da vida do cidadão belenense.

Belém não tem o que comemorar, pois caminha para o caos.

Infelizmente essa é a nossa realidade.

Anônimo disse...

EDMILSON RODRIGUES VEM AÍ E O BICHO VAI PEGAR!!!!

Anônimo disse...

Olha gente, o Edmilson pode ter tido suas doidices, mas sinceramente ele foi um bom prefeito pra cidade, tá certo que faltou um pouco mais de dialogo e trejeitos políticos, mas o cara teve seus méritos, eu me lembro que durante seu mandato sempre tinha uma inauguração, era praça, escola, unidades de saúde e ruas asfaltadas. Só aqui no meu bairro do Tapanã ele construiu a Unidade de Saúde que funcionava e tinha médicos, só que o dudu abandonou, construiu a única praça do bairro, a praça do Cordeiro de Farias, asfaltou a rua Haroldo Veloso, construi uma escola na invasão do Ranário, tinha coleta e entulho e outras coisa. E o dudu não fez nada, nada, nada.Realmente, eu era feliz e não sabia, as pessoas acreditaram neste dudu mentiroso e ele tá acabando com a cidade. Mas o mundo dá muitas voltas.

Jean Troiano disse...

Lembram das "motocas"? _Eu te disse, não te disse!
Soframos juntos por vossos delírios, ò Duciomaníacos decepcionados.
Sou Jean Troiano, cantor, compositor e fui o campeão do festival SESI música 2009 nas etapas municipal e estadual e 4º colocado nacional com a música "Grão-Pará" (vejam no youtube!), que fala das maravilhas da nossa terra.
Entreguei uma cópia de um DVD com o clipe dessa música nas mãos do acessor do Dr. Kayath - secretário de turismo de nosso município - para uma "olhadinha" técnica. Nem uma resposta... nem para dizer que estava horrível...ou bonzinho!
Mas o Fábio (o Jr.) estava lá, aclamando as belezas do nosso Estado, com suas letras falando bem de Belém... Ah, um circuito... ah um rolezinho pelos bairros para catar o que tem de bom por lá... tantos talentos! Tantas palavras para serem ditas em amor verdadeiro a essa cidade... a esse Estado! Sigamos com nosso delírio coletivo.
A todos, um caloroso abraço desse orgulhoso "papa-xibé"!

Anônimo disse...

Aliás, o dinheiro investido nestes cantores, para compor o palco do circo, bem que poderia ter sido menor com a contratação de gente da nossa terra e ser investido em obras de, pelo menos, reforma de nossas escolas.