No AMAZÔNIA:
Na berlinda e com a vaga no elenco do Paysandu ameaçada, o atacante Zé Augusto não aceita ser apontado como o responsável pela derrota por 3 a 1, de virada, para a seleção de São Caetano de Odivelas, no domingo passado. O jogador, que está há 13 anos no clube, foi muito criticado por dirigentes e torcedores por conta da falta de mobilidade e pelas falhas de finalização nas poucas jogadas de que participou no primeiro amistoso da 'era Nasareno Silva'.
Assim como outros jogadores mais experientes do elenco bicolor - como Balão e Lecheva -, ele também foi criticado pelo diretor de futebol Antônio Cláudio da Costa, o Louro, que chegou a falar até em dar um cargo diretivo ao jogador para compensar uma possível recisão contratual. 'Desejo todo sucesso ao Zé Augusto na carreira política, que parece que ele vai abraçar no ano que vem, mas acho que chegou a hora de revermos sua permanência na Curuzu', disse Louro.
Zé Augusto, por seu turno, contesta as cobranças feitas aos veteranos em comparação à pouca responsabilidade dada aos mais jovens. 'No meu ponto de vista, todos que entram em campo precisam ser cobrados. Até os garotos que estão começando agora precisam encarar essas cobranças. Precisam se acostumar com a pressão. Mas não adianta ficar chorando, o Paysandu é time grande e não vou ser o último a sofrer pressão', observou.
O atacante admite que não rendeu o que poderia contra o selecionado de São Caetano de Odivelas, mas lembrou que todo o time não funcionou como esperado. Por isso, não entende as críticas direcionadas a ele e aos supostos 'medalhões' da Curuzu.
'Quando o time ganha, ganha todo mundo. Quando perde, é a mesma coisa. Perde todo mundo. Não aceito me culparem pela derrota. Mas já estou acostumado com essa estória de ‘medalhão’ tem que sair, ‘ medalhão’ tem que ir embora. Sempre que o time perde um jogo ou é eliminado de um campeonato é essa mesma ladainha. E olha que nem sei o que quer dizer ser um ‘medalhão’ aqui no Paysandu', afirmou, em tom de ironia, o jogador.
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