quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Servidores da Sema param

No AMAZÔNIA:

Os servidores da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) decidiram em assembleia geral, realizada ontem pela manhã, entrar em greve. O presidente da Associação dos Servidores da Sema, Júlio César Meyer, diz que o motivo é o descaso com o pedido da Gratificação por Atividade de Gestão Ambiental, feito ao governo estadual há um ano e meio, mas que não foi atendido, apesar das promessas. Segundo ele, hoje o dia será marcado com piquetes e o impedimento ao acesso à sede da Secretaria, na trav. Lomas Valentinas, no bairro do Marco.
Segundo Júlio César, o pedido pela gratificação foi feito desde abril de 2008 e até então está sob análise da Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Finanças (Sepof) e da Procuradoria Geral do Estado. 'Houve muitas reuniões e conversas e sempre disseram que iam atender ao pedido. Mas até agora não houve nenhum avanço. Só sairemos da greve quando a proposta for encaminhada à Assembleia Legislativa', comenta o representante da categoria.
Como gera despesa com pessoal aos cofres estaduais, a proposta de gratificação deve ser apreciada pelos parlamentares paraenses. É neste ponto que reside a insatisfação dos cerca de 600 servidores da Sema: o não envio do projeto de lei feito pelo Executivo à Casa de Leis, a qual também deve demorar a avaliar a proposição, quando recebê-la.
Na semana passada, a Associação e o Sindicato dos Servidores Públicos do Estado do Pará (Sepub) fizeram manifestação em frente ao Palácio dos Despachos cobrando providências. Foram recebidos pelo titular da Sepof, José Júlio Ferreira Lima, que mais uma vez prometeu atender ao pedido.
Como não há nenhuma previsão segura de o pedido ser atendido e encaminhado ao Legislativo, os servidores entraram em greve. Júlio César diz que os trabalhadores devem ser respeitados, pois estão em uma função estratégica para o Estado, isto é, na secretaria que libera os licenciamentos ambientais e faz as fiscalizações de ações predatórias em todo o Estado.
'Mesmo com essa importância, ainda temos um dos piores salários do Brasil, abaixo de Estados como o Piuaí e o Amazonas. Recebemos há pouco tempo também a missão da gestão de florestas, o que antes era atribuição do Ibama. Mas continuamos ganhando muito mal', critica.
As gratificações aumentariam os rendimentos em todos os níveis, garante o presidente da associação. Os servidores de cargos do nível superior receberiam R$ 2,8 mil a mais; os de nível médio, R$ 1,1 mil; e os do fundamental e operacional, cerca de R$ 700. 'Só voltamos quando o pedido for encaminhado. Enquanto isso, vamos ficar paralisados por tempo indeterminado', declarou.

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