terça-feira, 13 de outubro de 2009

O “desnacer” de Raul Thadeu

O escritor Vicente Cecim, amigo de mais de 40 anos do jornalista Raul Thadeu, que nesta segundaf-feira (12) nos deixou, fez uma saudação emocionada duante o velório.
Ressaltou que Thadeu era uma pessoa especial, um irmão para ele.
Disse também que ultimamente conversava muito com o Thadeu sobre temas como a vida e a morte.
"A vida continua, e o que nós fazemos também continua, mesmo depois daquilo a que chamamos de morte", afirmou o escrito.
A morte, para Cecim, não é morte, mas apenas "desnacer".
Nas conversas, antes de ficar doente, Thadeu dizia a Cecim que não tinha medo da morte e que estava preparado para encará-la.
Thadeu, de fato, encarou a morte com altivez, segundo o jornalita Carlos Mendes, que estava presente ao velório.
“Estava de paletó e gravata, além de despojado de seu indefectível bigode a lá Salvador Dali, o papa do surrealismo, e um dos pintores preferidos do jornalista. Com expressão tranquila, Tadeu parecia dizer à morte: ‘Fique tranquila, está tudo bem’”, relata Mendes.
No final do velório, antes de o caixão entrar no carro que o levaria ao cemitério de Santa Izabel, as palmas a Thadeu, a pedido do próprio Carlos Mendes, ecoaram na pequena sala.

Um comentário:

Anônimo disse...

PB, muitas saudades do Thadeu. Nunca esquecerei quando, na redação, eu falava alguma coisa em tom baixo, e ele se aproximava um pouco e dizia: "minha filha, fale mais alto que eu sou surdo". Ou quando disse, certa vez, ao fotógrafo Edimar Farias: "Cabeção, meu colega, vamos embora que é chen". E foram os dois. Grande Thadeu! Dedé