terça-feira, 20 de outubro de 2009

Nem zigue-zague, nem duas táticas!

Sob o título acima, no Juventude em Pauta:

Tem surgido nos bastidores rumores de que haverá zigue-zague na tática do governo sobre a meia-passagem intermunicipal. Ontem, teve uma reunião de entidades estudantis com Arnaldo Jordy. Daqui a pouco, junto com o deputado do PPS, elas sentarão com o Chefe da Casa Civil. A informação é de que o piso inicial de 10%, que poderá ser ampliado pela Comissão Gestora após a publicação, em 60 dias, do decreto do Executivo estabelecendo quais benefícios no ICMS e IPVA os empresários terão, seria vetado pela governadora. Assim, o projeto voltaria para a ALEPA.
Isso equivale a ter duas táticas no processo, o que nunca produziu nada de vitorioso na História. Está todo o terreno preparado para a disputa na Comissão Gestora, onde a pressão do movimento estudantil e do governo, aliada à sinalização da governadora em assumir 30% do custo da meia-passagem, poderá estender em muito esse piso inicial aprovado pelo parlamento estadual. É importante lembrar que emenda do deputado Jordy foi derrotada quase que por unanimidade pelas demais bancadas, unindo oposição e governo. O veto da governadora só desacumulará a força que a luta pela meia conquistou até hoje e criará um contexto absolutamente incerto no Plenário.
Dizer que o movimento estudantil teria condições de pressionar Domingos Juvenil a não derrubar o veto ou a liderar uma proposta melhor depois disso é vender ilusões, principalmente se, por esse zigue-zague, nada for concluído a respeito do ICMS e IPVA.
O período dos balões de ensaio acabou. A hora agora é do governo pesar a mão, usando seu papel e disposição nas negociações fiscais, para ampliar o piso e, inclusive, defender os direitos dos trabalhadores, exigindo das empresas beneficiadas a regularidade previdenciária (INSS) e tributária, o que também aumentaria o poder de investimento do Estado.

5 comentários:

Anônimo disse...

Muito bem!
Sempre coerente e estratégico. Ser de esquerda não é ser maluco. A posição certa na luta não é medida no grito mas nas conquistas reais.

Poster disse...

Olá, Nicolau.
Recebi o comentário.
Mas está, digamos, meio pesado.
Modere um pouco (rsss).
Abs.

Anônimo disse...

O Jordy tá semeando ilusões em torno do Juvenil...Putz! É o cúmulo do social-democrata demagogo!

Anônimo disse...

Seu Espaço,

Seu blog já publicou coisas bem mais fortes que o posto no meu comentário. Já perdi o raciocício do que eu escrevi, por isso bem podias pensar melhor e deixar ele passar. Melhor seria publicar com o tradicional "Por um Anônimo na postagem...".

Abraço!

Anônimo disse...

Este blog tem noticiado diariamente em que pé andou o projeto de meia passagem que foi votado na assembleia legislativa. O ponto crucial do debate se refere ao piso de 10% de cadeiras destinados aos estudantes regulamentado em lei e que terá que ser sancionado pela governadora dentre o prazo de 60 dias. Foi decido que caberá a uma comissao gestora que será composta por representantes estudantis, do governo e dos empresários, avaliar a necessidade de estender ou nao o percentual em cada regiao.

Em primeira observação, entendo que dependerá muito da politica e do esforço do governo para que a comissao gestora tenha força e consiga contemplar a imensa demanda dos estudantes que necessitam da meia-passagem e que obviamente nao estao comtemplados com este piso atual. Em segunda observação fica a duvida sobre tal esforço do governo, até porque, parece-me que ainda nao foi batido o martelo sobre os beneficios do ICMS e IPVA entre governo e empresarios.

Porém um novo cenario tem se configurado, com a pressao do movimento estudantil, existe a possibilidade da governadora vetar a emenda do piso dos 10%, sendo assim, caberia as entidades a pressionar o presidente da ALEPA, o deputado Domingos Juvenil a manter o veto e abrir as novas negociaçoes. Me preocupa a situção de retroceder as negociaçoes e o projeto ficar novamente preso em gavetas. A UAP foi contra o piso de 10%, mais nao temos força o suficiente de aprovar no plenario a proposta que iria comtemplar a imensa demanda estudanti, até onde notarmos condiçoes de debater e agir para estender o piso, o faremos, caso o contrario nao vamos agir de maneira irresponsavel e dar passos em falso e acabar por prejudicar aqueles que necessitam do benefico da meia. Fica no registro nossa posição

Pedro Fonteles
União Acadêmica Paraense