sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Camelôs anunciam ocupação

No AMAZÔNIA:

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Mercado Informal de Belém (Sindmib), Raimundo Raulino, não confirma e nem descarta a possibilidade de ocupação da área no entorno do shopping center da Doca, um boato que vem circulando pela cidade nos últimos dias. 'Como há uma demora na entrega do espaço Palmeira, é possível que haja uma migração dos trabalhadores. Com o shopping, o local em questão ficará bastante movimentado. Não temos como impedir que isso aconteça. Atualmente os vendedores estão todos aglomerados em um bloco apertado - e até agora, nada de remanejamento. A falta de espaço realmente pode acarretar nesta migração', sustenta.
Raulino reclama que a prefeitura não está cumprindo com os prazos acordados. 'A ocupação daquele local também servirá para pressionar a prefeitura, afinal, nos foi prometido uma reforma no espaço do antigo Basa e também nos casarões da rua 28 de Setembro, desde março de 2008 - e até agora não há nenhuma obra nestes locais. São 2 mil ambulantes, que não cabem nas 379 vagas do espaço da Palmeira ', dispara.
A informação de que as vias no entorno do novo shopping center de Belém estariam sendo loteadas por vendedores ambulantes do centro comercial levou centenas de moradores a procurarem o Ministério Público Estadual (MPE). Segundo denúncias, o plano de ocupação da área indica, inclusive, os espaços a serem ocupados por cada camelô. Pelo menos oito síndicos, representando dezenas de condôminos, assinaram um termo de abaixo-assinado junto ao MPE para impedir que os trabalhadores informais ocupem as calçadas e as ruas próximas ao novo estabelecimento, que tem previsão de ser inaugurado no próximo mês. O documento apresentado pelos moradores ao MPE traz uma série de considerações, dentre as quais a tomada do espaço público e a falta de segurança são as mais preocupantes.
Segundo afirma o promotor de Justiça, Meio Ambiente e Patrimônio Cultural, Benedito Wilson Sá, os moradores tomaram conhecimento através de denúncias, e imediatamente providenciaram um termo de abaixo-assinado. 'Quem reside no entorno do novo empreendimento está tomando medidas preventivas para que essa ocupação não se materialize, tal qual ocorreu nos outros shoppings da cidade', afirma. O MPE ingressou com uma solicitação de informação junto a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Segup), Companhia de Transporte do Município de Belém (Ctbel) e Secretarias Municipais de Economia (Secon), Urbanismo (Seurb) e Meio Ambiente (Semma), para saber quais ações estão sendo tomadas a fim de impedir a concretização da denúncia. 'Vamos reunir com os órgãos afins, moradores e com o dirigentes do empreendimento para darmos as mãos e evitarmos problemas futuros. A prefeitura tem um plano de urbanismo na área, que atua com vigilância permanente para evitar este loteamento', acrescenta.

5 comentários:

Anônimo disse...

Isso não é novidade. Novidade seria se não invadissem os espaços públicos.

Esse pessoal estraga a cidade a pretexto da sobrevivência.

Circule pela Nazaré entre a Generalíssimo e a 14 de março (desde a Big Ben, passando depois em frente ao Mandarim, ao Cinema Ópera e as Lojas Americas e veja o que é porcaria, imundice.... descaso com a cidade.

Anônimo disse...

Podem anotar para conferir: vai ter vereador(ora) defendendo o "sagrado direito" dos ambulantes se "instalarem" nas imediações desse "monumento imperialista-capitalista-burguês".
E o povo, que os elege, que trate de andar pelo meio das ruas, pois as calçadas pertencem aos ambulantes, ora.
Em pouco tempo, a Doca e transversais se transformará, ainda mais, em um grande sanitário.

Anônimo disse...

Esculhambação! A cara de Belém e não será diferente nas redondezas do novo shopping, infelizmente!

Ramiro Quaresma disse...

Essa Associação de ambulantes é uma piada, pra não dizer uma máfia. Até bandido/flanelinha tem uma. Eles pressionam os políticos com um curral eleitoral e nós de besta pagamos o preço pela omissão eleitoreira. Em vez de proibir compram um prédio de "dão" pra eles. Se pelo menos fossem artesãos até apoiaria, mas não só vendem quinquilharias contrabandeadas de péssima qualidade ou comida contaminada. Não querem custurar um botão, ou talhar uma madeira, são indolentes e criminosos isso sim.

Stella disse...

Inacreditável o que acontece nesta cidade! Por que estes ambulantes informais acham que têm mais direito do que cidadãos que pagam em dia seus impostos??? Não podemos aceitar uma situação destas, onde ambulantes invadem calçadas e vias públicas, sujam a cidade, alimentam a industria da pirataria e facilitam o trânsito de ladrões e batedores de carteiras! Queremos andar nas calçadas com tranquilidade, em uma cidade limpa e civilizada. Isso é pedir muito?!