No AMAZÔNIA:
Depois de o Paysandu ganhar do Águia jogando um futebol convincente, na Curuzu, o técnico Valter Lima tem hoje um desafio mais difícil ainda: fazer o Papão ganhar do Rio Branco fora de casa e acabar com o jejum que vem desde o dia 12 de setembro de 2006, quando empatou com o São Raimundo/AM, depois de ter vencido o América, em Natal, na rodada anterior pela Série B do Campeonato Brasileiro daquele ano. Além de deixar o time bicolor com a mão numa das vagas do Grupo A para a próxima fase da Série C, a vitória sobre o Rio Branco acabará com a escrita de três anos, que classifica o Papão como 'equipe caseira'.
A partida contra o Rio Branco, que será disputada na Arena da Floresta, representa também um duelo de 'seis pontos', já que o time do Acre é o terceiro colocado do Grupo A, com seis pontos, quatro a menos que o Papão, e precisa vencer para alimentar suas chances de classificação. Se isso ocorrer, ficará a um ponto do Papão e terá, pelo menos em tese, boa vantagem sobre o Papão, já que ainda disputará três partidas, contra duas da equipe bicolor.
Na avaliação do técnico Valter Lima, o momento é ideal para o Paysandu acabar com o tabu de não vencer fora de casa, em função do embalo que o time ganhou com a dramática vitória sobre o Águia, de virada, na Curuzu.
'O grupo ficou motivado com a vitória (sobre o time de Marabá). Além disso, a forma como a equipe se apresentou injetou mais ânimo e confiança em todo mundo', avalia Valtinho. O treinador acrescenta que a pressão por vitória que a torcida acreana deverá fazer sobre o Rio Branco, na Arena da Floresta, deverá ser benéfica para o Paysandu. 'O torcedor deve pressionar, cobrando do time deles uma vitória. Nossa equipe deve aproveitar isso para, com tranquilidade, construir o resultado a nosso favor', ensina o técnico bicolor.
Valtinho acredita que o aspecto emocional deve influenciar no comportamento do Paysandu diante do Rio Branco. 'Os atletas estão conscientes de que não podemos deixar escapar a sequência de vitórias'.
O treinador passou a semana trabalhando o lado psicológico da equipe. De acordo com o treinador, o fato de o Paysandu não vencer fora de casa em campeonatos brasileiros há três anos não mexe com os jogadores. 'A maioria dos atletas que está aqui não participou dessas partidas', alega. Valtinho tem uma justificativa simples para o tabu: 'As vitórias não devem ter ocorrido em função das atuações do time, que não devem ter sido boas'. Ele cita como xemplo o caso do São Raimundo, sua ex-equipe, que jogou todo o primeiro turno do Campeonato Paraense em Belém e chegou à decisão da competição. 'Vencemos porque jogamos bem. É o que temos de fazer lá em Rio Branco', avisa Valtinho, que procurou armazenar o máximo de informações sobre o adversário.
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