quinta-feira, 4 de junho de 2009

Sem grana para contratar

No AMAZÔNIA:

Por mais que o presidente Luiz Omar Pinheiro fale em contratações, ao contrário da posição do técnico Édson Gaúcho - que rebate a vinda de novos jogadores -, dificilmente o Paysandu acertará a aquisição de reforços. Tudo por um único motivo: o clube não tem dinheiro para bancar as aquisições.
O próprio cartola luta com dificuldades para honrar os compromissos com o elenco.
Não bastasse ainda dever o prêmio de R$ 80 mil prometido ao grupo pela conquista do Campeonato Paraense, o Papão ainda tem de fazer acordo com dez jogadores que atuaram pela ex-filial do clube, o Time Negra, no Estadual.
Os atletas Daniel, Diego, Irailton, Japonês, Nedo, Nem, Oziel, Pelezinho, Rondinele e Tayson ainda aguardam por uma solução para os seus respectivos casos. Os atletas têm contrato com o Paysandu, embora tenham defendido o Time Negra na competição estadual.
Os salários dos jogadores não são tão altos, variando de R$ 600 a R$ 800. No entanto, eles estariam há dois meses sem ver a cor do dinheiro, o que preocupa Luiz Omar e os dirigentes do departamento de futebol do clube. A saída seria emprestar os atletas a clubes que disputam a Série C ou que vão participar da Série D do Brasileiro. O problema é que, até agora, não apareceu nenhum interessado.
O fato de o Time Negra ter sido vice-lanterna do Parazão acaba atrapalhando a negociação dos jogadores, conforme salientou um cartola do clube. A lista de jogadores era maior, mas o meia Billy e o atacante Moisés foram incluídos no plantel alviazul pelo técnico Gaúcho.
A mesma coisa acontece com o volante Dadá, que disputou o seletivo pelo Time Negra. O meio-campista tem dois meses de salários para receber do Paysandu, ainda da época em que estava na ex-filial do clube.
A importação de novos jogadores causaria ainda mais embaraços financeiros à diretoria, o que é temido por Gaúcho. Daí a decisão do treinador de não aprovar as contratações sonhadas pelo presidente.
'O que precisamos é dar moral ao grupo que temos. Não adianta trazer [jogadores] para inchar o grupo e depois não ter como pagar os atletas que já estão aqui e aqueles que chegariam', argumentou Gaúcho. As contratações só devem ser concretizadas se aparecer algum colaborador disposto a bancar os salários e a moradia dos jogadores.

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