Pará entre os piores

No AMAZÔNIA:

O Pará ficou nas piores posições no ranking nacional de transplantes. Durante os três primeiros meses desse ano, foram realizados somente 37 transplantes, sendo 6 renais e 31 de córnea. No cálculo de procedimentos por milhão de habitantes, o Estado teve índice de 3,3% de transplantes de rins, superando apenas o Mato Grosso (2,7%) e a Paraíba (1,1%). Comparando com outros números, a média paraense está muito abaixo da nacional (20,1%).
No caso das cirurgias de córnea, nas quais houve uma pequena evolução em comparação ao mesmo período do ano passado, a taxa alcançada é a quarta pior do País. Foram 17% no Estado, enquanto no Brasil registrou-se 66,5%. O Distrito Federal, com 147,3%, teve a melhor marca, seguido por São Paulo, com 144,5%. Na outra ponta, aparecem Piauí (16,9%), Bahia (12,2%) e Rio de Janeiro (9,6%).
De acordo com dados divulgados no relatório da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), nos transplantes com doador vivo, no País, as operações de rim caíram 4%, sendo a sua percentagem a mais baixa já observada no País (44%). O Pará aparece com a pior média de doador não falecido desse tipo de transplante. Dos seis procedimentos renais no Estado, somente dois foram com doadores vivos. O número corresponde a taxa de 1,1%, bem distante dos números alcançados por São Paulo (18,6%), Paraná (16,3%) e Distrito Federal (13,1%), que estão no topo.
O transplante de córnea apresentou evolução em todos os Estados, ocasionando uma porcentagem de sucesso, que varia entre 80% e 90%.
Doadores - O Pará registra uma das mais baixas taxas de potenciais doadores: somente 23 a cada um milhão de habitantes. A dificuldade de captação de órgãos também é constatada pelo quinto maior registro, entre todos os Estados, de não doadores: 88,4%. Os números são avaliados com preocupação pelo relatório.