sexta-feira, 19 de junho de 2009

Os ecos do massacre soam nos ouvidos de Sette Câmara

O ex-secretário de Segurança Pública Paulo Sette Câmara passou por momento de, digamos, profundo constrangimento ontem de manhã, quando participava de um debate na 1ª Conferência Nacional de Segurança Pública (Conseg), realizada no Hangar.
Ele enfrentou manifestações e protestos nada silenciosos dos integrantes de movimentos sociais, que não esquecem do fato de que Câmara ocupava o cargo de secretário de Segurança Pública do governo Almir Gabriel quando houve o massacre de Eldorado de Carajás, em que morreram 19 trabalhadores sem-terra, em abril de 1996.
Nem bem o ex-secretário começou sua exposição e já se ouviam vaias insistentes na platéia.
Os debates da conferência, que no Pará prosseguiram até ontem, servirão de base para a criação de uma Política Nacional de Segurança Pública com ampla participação popular. Discussões semelhantes já ocorreram em outros Estados e outras deverão ser concluídas em todo o País até o mês de julho, conforme orientação do Ministério da Justiça.
No Pará, os debates abordaram, dentre outros tópicos, a prevenção social do crime, a repressão qualificada da violência e a valorização dos profissionais da segurança pública.

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