sábado, 20 de junho de 2009

Lojas e Fumbel em impasse

No AMAZÔNIA:

Permanece o impasse entre as lojas localizadas no centro comercial que vendem fogos de artíficio e a Fundação Cultural de Belém (Fumbel), que quer proibir este tipo de comércio. Ontem, em reunião no Ministério Público do Estado (MPE), a Fumbel reafirmou seu posicionamento, amparada na lei estadual 6.300/2000, mas não houve acordo ou decisão.
A decisão deve ficar a próxima segunda-feira, em uma nova reunião, com a presença do Iphan, Arquidiocese de Belém (proprietária dos imóveis) e secretarias de urbanismo e meio ambiente, responsáveis pela emissão de licenças. 'A atividade comercial desse tipo de material em lojas dentro do nosso patrimônio histórico é incompatível. Precisamos preservar a história e a cultura daquele espaço', afirmou Honorato Cosenza, da Fumbel.
Os comerciantes, contudo, afirmaram tomar todas medidas de segurança necessárias para evitar incêndios e garantiram que estão dispostos a adequar-se ainda mais caso seja necessário.
Caso os outros órgãos acompanhem o posicionamento da Fumbel, o promotor de Justiça Nilton Gurjão informou que deve ingressar com ação judicial proibindo definitivamente a comercialização de materiais perigosos.
A esperança dos comerciantes é que haja uma negociação. 'Fogos não sofrem combustão sozinhos, é preciso que sejam provocados e tomamos todas medidas para que isso não ocorra. Incêndios podem ocorrer em lojas de tecidos, de sapatos, se não forem tomados os devidos cuidados. Estamos ali há mais de 20 anos, nós também fazemos parte dessa história. A venda de fogos naquela área é cultural', disse Cristiane Iúnes, dona da Iúnes Variedades.
Em resposta a esse posicionamento, a promotora de Justiça Daniella Dias respondeu que 'para os ribeirinhos, era cultural também comer tartarugas, mas a lei proíbe'. Ela compartilha a opinião da Fumbel e diz que o perigo é iminente
As lojas funcionam com um alvará emitido pelo Corpo de Bombeiros, contudo, o MPE observou ontem que algumas das exigências não haviam sido feitas pela corporação, por desconhecimento da lei estadual. Se a venda permanecer, haverá a necessidade de ser instalado um sistema automático contra incêndio e assim, mexer na estrutura física do imóvel.

Um comentário:

Anônimo disse...

E a "saudavel" brincadeirinha que a thurma da noite anda aprontando, de soltar super-bombas na frente de restaurantes e em locais públicos; quem vai se responsabilizar por coibir essa idiotice?!!