domingo, 14 de junho de 2009

Família e amigos das ORM dizem adeus a Raimundo Caldas

No AMAZÔNIA:

Faleceu às 7 horas de ontem o gráfico Raimundo Caldas dos Santos, 73 anos, funcionário de O LIBERAL nos últimos 55 anos. Caldas, como era mais conhecido dos colegas do jornal, foi vítima de complicações de uma cirurgia de vesícula a que submeteu-se no hospital Porto Dias. O corpo foi velado na capela do Recanto da Saudade, e sepultado ainda ontem no cemitério do Recanto.
Caldas deixa três filhos e a esposa, dona Terezinha. Em O LIBERAL, o gráfico também deixa uma legião de amigos órfãos. A definição é do próprio chefe imediato de Caldas, Valdo Ferreira, gerente industrial do jornal, que conviveu com ele por 25 anos. 'Ele era um verdadeiro pai pra todos que trabalhavam com ele. As horas que ele passava aí na empresa, as pessoas que conviviam com ele se sentiam protegidas', diz Valdo, lamentando a morte do amigo.
O diretor industrial de O LIBERAL João Pojucam de Moraes Filho, relata que Caldas, além de um dos mais antigos funcionários da empresa, era 'um dos mais sérios elementos da equipe. Reunia honestidade, assiduidade, equilíbrio e, apesar da idade, participação em equipe'. Funcionário da empresa desde que o grupo ainda não havia sido comprado pelo jornalista Romulo Maiorana, Caldas é lembrado ainda por todos pela capacidade de se adaptar à evolução da empresa. Contratado inicialmente como chapista, com a evolução tecnológica do parque gráfico de O LIBERAL, Caldas adaptou-se sem problemas à nova era e atualmente trabalhava na supervisão de qualidade do produto. 'Ele era muito cuidadoso com o produto final que chegaria às mãos dos leitores', destaca Pojucam.
O jornalista João Carlos Pereira, que entrevistou Raimundo Caldas pouco antes de sua morte, lembra que ficou marcante para ele a fase de transição do jornal, quando de sua aquisição pelo jornalista Romulo Maiorana. 'Era muito marcante para ele a forma como o jornalista abordou os funcionários e prometeu que todos cresceriam juntos com a empresa'. Depois de começar como cobrador de anúncios no antigo prédio da Santo Antônio, Caldas se orgulhava de ter acompanhado toda a evolução tecnológica do jornal, desde o linotipo até o seu ingresso na internet. 'O mais curioso dele é que conseguiu se adaptar perfeitamente às mudanças', ressalta o jornalista.
Para a jornalista Clara Costa, que conviveu com o amigo por mais de 20 anos, deixará saudade o carinho com que ele a tratava. 'Todos os sábados eu já estava acostumada a chegar e ele me entregar embrulhada, como um presente, a edição quentinha do jornal de domingo. Vou sentir muita falta desse carinho', garante.

Nenhum comentário: