Os bons nunca deviam nos deixar.
Os bons nunca deviam nos deixar saudosos.
É certo que a saudade é boa.
É certo que só temos saudade de quem é bom.
Mas quando um bom nos deixa, é indescritível a sensação de desalento.
De desalento e descrença.
Ontem, por volta das 9 da noite, foi assim.
Líamos O LIBERAL em dia de folga, longe da redação.
Uma nota no “Repórter 70” despertou-nos esse misto de espanto, descrença e, ao mesmo tempo, da dura realidade que é a finitude da vida.
A nota dizia que Caldas – Raimundo Caldas dos Santos (na foto) – se fora aos 73 anos.
A nota foi lida, relida e trelida.
- Vou ligar para a redação e perguntar o que é isto – foi o que pensei de imediato.
Mas infelizmet era aquilo mesmo: Caldas era – e agora é – apenas saudade, apenas lembranças.
Ótimas lembranças.
Quem trabalhou em O LIBERAL – que o tinha como exemplar funcionário do setor gráfico por 55 anos - e não conheceu o Caldas, então não trabalhou em O LIBERAL.
Quem trabalhou em O LIBERAL, conheceu o Caldas e não gostou especialmente do Caldas, então com certeza não o conheceu.
Conheceu outra pessoa, e não o Caldas.
Caldas era desses que irradiavam juventude.
Sempre foi assim.
E isso não é força de expressão, não.
Andava sempre acelerado, as passadas largas. Uma vitalidade contagiante.
Que o diga J.Bosco, que numa dessas peladas de final de semana levou um canseira danada tentando marcar O Velho. Um jogo e várias tentativas: e nunca mais Boscão quis apostar corrida numa esticada de bola com o adversário.
Caldas era dessas pessoas que irradiavam alegria.
E isso não é força de expressão, não.
Quem o digamos todos nós, que o conhecemos bem, que o víamos sempre rindo.
Que o digamos todos nós, jornalistas barulhentos, irreverentes e debochados com os quais ele sempre participava de todas as brincadeira de crista, digamos, erguida.
Caldas era dessas pessoas que irradiavam companheirismo, humildade de espírito – mas não aquela humildade que rebaixa e desqualifica -, atenção, pontualidade, senso profissional.
Quantas vezes, lá vinha o Caldas, o “Grande Caldas” - como sempre o chamávamos nas saudações dos encontros quase diários e sempre festivos, animados, cheios de vitalidade.
- Mano, já sabes da última?
Ou então:
- Mano, já sabes da última do Fulano?
Grande Caldas!
Grande Amigo!
Infelizmente, a última que soubemos dele foi que nos deixou.
Grande Caldas!
Grande Amigo!
Entre os anônimos, os tantos anônimos que fazem um jornal, ele certamente já inscreveu seu nome entre os Grandes!
E os Grandes sempre nos deixam ficar mais saudosos.
A saudade, vocês sabem, só sentimos de quem verdadeiramente foi bom.
A saudade, vocês sabem, só sentimos de quem verdadeiramente foi Grande.
Uma saudade, enfim, que só sentimos de quem verdadeiramente foi Caldas.
O Grande Caldas!
Nosso Grande Amigo Caldas.
Quantas saudades a partir de agora!
Caldas era dessas pessoas que irradiavam alegria.
E isso não é força de expressão, não.
Quem o digamos todos nós, que o conhecemos bem, que o víamos sempre rindo.
Que o digamos todos nós, jornalistas barulhentos, irreverentes e debochados com os quais ele sempre participava de todas as brincadeira de crista, digamos, erguida.
Caldas era dessas pessoas que irradiavam companheirismo, humildade de espírito – mas não aquela humildade que rebaixa e desqualifica -, atenção, pontualidade, senso profissional.
Quantas vezes, lá vinha o Caldas, o “Grande Caldas” - como sempre o chamávamos nas saudações dos encontros quase diários e sempre festivos, animados, cheios de vitalidade.
- Mano, já sabes da última?
Ou então:
- Mano, já sabes da última do Fulano?
Grande Caldas!
Grande Amigo!
Infelizmente, a última que soubemos dele foi que nos deixou.
Grande Caldas!
Grande Amigo!
Entre os anônimos, os tantos anônimos que fazem um jornal, ele certamente já inscreveu seu nome entre os Grandes!
E os Grandes sempre nos deixam ficar mais saudosos.
A saudade, vocês sabem, só sentimos de quem verdadeiramente foi bom.
A saudade, vocês sabem, só sentimos de quem verdadeiramente foi Grande.
Uma saudade, enfim, que só sentimos de quem verdadeiramente foi Caldas.
O Grande Caldas!
Nosso Grande Amigo Caldas.
Quantas saudades a partir de agora!
4 comentários:
Esse velho era muito forte,dava um banho na gente...Uma geração vitoriosa dentro de jornal!
O velho Caldas como era carinhosamente chamado pela turma da redação e fotomecânica,um sujeito bem humorado irônico, engraçado,boleiro,com um carisma peculiar.
Sabia conquistar as pessoas.
Quando chegava o inverno a gente ficava preocupado com os alagamentos em nossas ruas...rsss
Deixa saudades...
Descanse em paz meu velho amigo, que seu espírito tenha um bom lugar no resplendor da luz perpétua,Amém!!
abraços
Conheci o Caldas quando entrei no jornal Folha do Norte/O Liberal, isso em agosto de 1973. Faz tempo. Mas o Caldas já parecia vetereno e, ao lado do "velho" Nestor, subia sempre no meio da noite na redação, com seu olhar calmo e sereno em busca de solucinar uma "lomba" qualquer causada pelo diagramador iniciante, sempre na tentativa de conseguir o melhor para o jornal. Era leal. E competente no que fazia. E nos ensinava, com sua humildade, todos os dias essa magia e loucura, das boas, que é fazer jornal com paixão.
Deixa saudades.
Orly Bezerra
meu pai era uma pessoa muito radiante,sempre preocupado com alguma coisa , mais nunca deixando transparecer...muito centrado em tudo que fazia,até nos mínimos detalhes, sua paciência era um Dom.
Brincalhão como sempre, até pra dar bronca, era com ironia que ele concertava tudo...A saudade é grande, a tristeza ameniza com o tempo...mais o amor que sinto por ele jamais acaba....sinto sua presença em cada ato,na personalidade "caldas" que me foi ensinado ao longo da vida....ele se faz presente.Muito obrigada pelas homenagens, agradeço a todos os amigos de meu pai, em especial ao Valdo, que deu todo apoio nas horas mais delicadas de minha vida....
4 ANOS DE MUITAS SAUDADES!!!
por Renata Caldas
ETERNAS SAUDADES VELHO!
Raimundo Caldas MEU PAI (velho) conhecido pelos amigos de Sr.LIBERAL, foi um grande Homem,um grande amigo de todos,teve em sua infância uma história difícil. Nasceu em Cametá em uma Familia humilde,perdeu seu Pai Nelson Monteiros logo cedo, e teve a responsabilidade precoce em sua juventude de cuidar dos demais irmãos e mãe Cecília Caldas. Chegou aqui em Belém,na meninice ainda carente,subindo o Rio Tocantins para viver na Cidade grande e trabalhar no Jornal O Liberal. com a modernidade foi crescendo na Empresa com sua humildade virando exemplo para todos que ali passaram pelo Liberal em seus exatos 55 anos de trabalho. Temos imenso orgulho dele,pelo que viveu,com sábia experiência no árduo sacrifício diário. Com a graça de Deus que concedeu á ele o trabalho,o Mérito e a inteligência,venceu cresceu e se desenvolveu na empresa com Fé,perseverança e humildade pela motivação e pelo amor que tinha pela nossa familia. Em constante atividade mesmo com seus cabelos brancos pintados pelo tempo e os olhos quase que escondidos pelas pálpebras caidas,porém lúcido,coerente de bondade e virtude sempre evidente por todos. Ao chegar em seus 73 anos de idade,nunca parou, manteve ainda a vivacidade e o vigor para erguer os seus projetos de vida. E sua filosofia de vida era continuar trabalhando com honestidade,nunca se acomodar aprendendo a não se abater com os sofrimentos da vida. E assim ele nos ensinou... Todos os dias para nós era quase que sagrado esperar o velho chegar com uma edição quentinha do Jornal O Liberal todos os dias. Este foi meu Pai... contador de historias sobre a infância em Cametá,ainda bem guardadas em sua mémoria,dos risos e sorrisos largos, das divertidas gargalhadas que só ele tinha. das coisas simples que ele fazia. Positivo, sempre otimista,enfrentador de tempestades com um forte espírito,amigo de todos. Somos eternos aprendiz e admiradores por tudo que ele foi,pelo humanismo,pelos exemplos e ensinamentos enfim,por tudo. Ele foi e continuará sendo o nosso héroi,aquele que nos fez crescer,caminhou sempre com agente lado á lado e sempre mostrou os rumos da nossa vida com tamanha sabedoria.
PAI, você partiu e tudo o que ficou foi saudades, SAUDADE de seu amor,de sua bondade,de sua força de espírito,de sua dedicação de sua vida,que se fez presente no meio de todos que os conheceram e amaram. Não é fácil viver sem você,o vazio é muito grande,a dor é maior, a saudade é tão imensa quanto o amor que por ti sempre sentiremos. O filme de tua lembrança continua passando em nossos pensamentos, estais em todo lugar. Só DEUS que é poderoso nos conforta. Ele que te criou com amor e esmera te fez humilde,disponível,generoso e de bem com a vida e o mandou para o nosso convívio. Você partiu mas a s sementes que você plantou,você lavrou nesta terra germinaram,espalharam-se e sempre trarão você de volta no vento que sopra a sua imagem.
Um dia escutei dizer que...
"Toda separação é temporária. ninguém fica irremediavelmente distante dos seres queridos para sempre. E eu acredito sim, porque os verdadeiros laços de afeição não se rompem nem com a distância e nem com os breves momentos de separação! Quando duas almas se amam verdadeiramente,elas se atraem,procuram-se através do espaço. existe uma força superior muito grande que asimpulsiona a virem em busca do outro. Os seres que se amam verdadeiramente se encontrarão um dia na terra ou no espaço,é preciso ter paciência e confiança nas resoluções do Criador. Ele sempre sabe o que faz" E tenho certeza que um dia reencontrarei você meu Pai.
* 17 /08/1936
+ 13/ 06 /2009
Lembrai sempre em nossos corações. Saudades infinitas de sua Esposa, Filhos,Família e Amigos.
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