No AMAZÔNIA:O 5º Feirão Caixa da Casa Própria, realizado em Belém no final de semana passado, superou as expectativas da Caixa Econômica Federal. Foram 1.745 imóveis vendidos, o que representa mais de R$ 160 milhões em negócios fechados da última sexta-feira até ontem.
Cerca de 35 mil pessoas passaram pelo Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia durante os três dias de evento, que se encerrou ontem, às 18 horas. Na ocasião, três toneladas de alimentos doadas pelos visitantes foram entregues à Defesa Civil do Estado.
De acordo com João Henrique Gomes, gerente regional de negócios da Caixa, o programa 'Minha casa, minha vida' foi o grande atrativo deste ano. Isso porque a maioria das pessoas que compareceu ao Hangar procurava imóvel na faixa de até 10 salários mínimos. Mas outros fatores econômicos também contribuíram para o sucesso do evento.
'Estavam sendo oferecidos quase 10 mil imóveis. Se formos considerar que iniciamos o feirão em uma sexta-feira, Dia dos Namorados, e em meio a um feriado prolongado, é para se surpreender mesmo os nossos resultados. Sabemos que o déficit habitacional é muito grande e esperávamos uma boa movimentação, mas sempre ficávamos com aquela desconfiança. Mas as pessoas compareceram em peso. O projeto do feirão consegue se consolidar a cada ano. Isso porque as condições de mercado são outras. Os juros estão mais baratos e a econômica está estabilizada. Além disso, ainda temos o pacote habitacional', afirmou Gomes.
Roberto Gonçalvez, corretor de imóveis que participou do evento, estima que 80% das pessoas que foram ao Hangar procuravam fazer negócios por meio do programa 'Minha casa, minha vida'. 'Tem muita gente aproveitando essa facilidade oferecida pelo governo federal para realizar seu sonho', garantiu o corretor.
O feirão teve a participação de 25 construtoras e cinco imobiliárias do Estado, com apoio da prefeitura de Belém e do governo estadual. 'Foi o sucesso que nós esperávamos. Mais de 90% das pessoas que nos procuraram ingressaram no programa ‘Minha casa, minha vida’. Em apenas três dias fizemos mais de 60 vendas', afirmou Bruno Lima, gerente da Chão & Teto.
Com os descontos e as facilidades de pagamento oferecidas pelas construtoras, era fácil encontrar no Hangar pessoas que conseguiram tornar realidade o desejo de ter o seu primeiro imóvel. Foi o caso do publicitário Márcio Adriano Paixão, de 29 anos. 'Eu já vinha pesquisando há três anos a possibilidade, mas a burocracia era muito grande. Eu não tinha como comprovar renda e o valor cobrado era muito alto', reclamou.
Ontem, no entanto, Márcio teve a oportunidade que esperava. Ele deu uma entrada de R$ 1.400,00 por um apartamento e pagará um taxa de manutenção à Caixa até o imóvel ficar pronto, dentro de um ano e meio. A partir daí, o publicitário terá de pagar, durante dez anos, as parcelas do financiamento, que não chegam a R$ 400,00. 'Eu já morei em casa alugada, mas era muito caro. Por isso hoje estou morando com os meus pais. Além disso, era dinheiro jogado fora, porque você pagava uma coisa que nunca seria sua. Estou realizando meu segundo sonho. O primeiro foi o carro', lembrou Márcio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário