No AMAZÔNIA:
Depois de 39 anos de colonização da região amazônica, o Pará possui 76% de seu território preservado, segundo a nota das 14 entidades, com mais de 94,8 milhões de hectares de floresta intactos. Enquanto que Brasil afora, reiteram, há milhares de casos de 'atividades agrícolas ou pecuárias em áreas de proteção ambiental'.
Segundo a nota, 'querem aniquilar nossa economia a serviço de inconfessáveis manobras internacionais, arrotando um discurso de falso ambientalismo, tão hipócrita quanto seus defensores', pontuando também que o movimento 'vai até as últimas consequências'.
O texto é assinado pelas federações da Agricultura (Faepa), Indústria (Fiepa), do Comércio (Fecomércio), das Associações Comerciais, das Câmaras de Diretores Lojistas, das Associações de Micro e Pequenas Empresas, dos Trabalhadores na Indústria e dos Trabalhadores na Indústria da Construção do Mobiliário, dos Empregados no Comércio, das Associações de Municípios (Famep), além da Associação Comercial do Pará, Conselho Regional de Medicina Veterinária, Academia Paraense de Jornalismo e Instituto Alerta Pará.
4 comentários:
Sou procurador de uma autarquia do estado. Fui a Altamira no mês de março e permaneci no município durante 20 dias, aproximadamente.
É trágica a situação da maioria dos altamirenses. O mesmo não se pode dizer quanto aos produtores de carne.
Nada é mais lucrativo de que criar gado.
Segundo cálculo de um peão que conheci, o preço de um bezerro custa 100,00.
Para engordar 1000 cabeças, bastam 02 peãos e algumas tonelada de sal mineral, e doses de vacina durante 18 meses; e mais uma grande área desmatada - grande área mesmo.
Resultado: uma vaca custa 800,00, um boi 1200; ou seja, 1000 reais por cabeça, em média.
Para quem investiu 100 mil e mais uns trocados pagando salário mínimo e faturar um milhão em um ano e meio. Tem razão para espernear.
Moram, na maioria, no sul do Brasil, apesar de manterem mansões em Altamira. Chegam sempre de jatinho na empobrecida cidade.
É de entristecer qualquer um.
Hipocrisia é não querer admitir a extensão do dano ambiental causado por essa atividade "produtiva", ser hipócrita é não querer rever esse modelo perverso e optar pela pecuária intensiva.
Hipocrisia é negar o desmatamento em função do lucro a qualquer preço, hipócrita é quem se recusa a rever esse modelo perverso que degrada a vida. Basta cumprir a lei e se comprometer com a atividade economicamente sustentável da pecuária intensiva e tudo se resolve. Parabéns ao Ministério Público Federal pela atuação.
A Federação dos Trabalhadores no Comércio dos Estados do Pará e Amapá não concorda, e logo, não é signatária da nota da FAEPA.
Segue abaixo o e-mail em que oficializamos nossa posição junto à FAEPA
À Federação da Agricultura e Pecuária do Pará
Senhor Presidente Carlas Xavier,
Vimos por meio deste comunicar que:
A FEDERAÇÃO DOS TRABALHADORES NO COMÉRCIO DOS ESTADOS DO PARÁ E AMAPÁ NÃO ASSINA A NOTA POR QUE SÓ CONOSCO.
Após sondagem aos membros da diretoria executiva da FETRACOM concluímos que o conteúdo da nota contradiz com nossas ações políticas em diversos pontos.
Ou seja, não nos contempla.
Especialmente neste momento em que enlutados pelo covarde e brutal assassinato do nosso companheiro sindicalista Josenaldo em Santana do Araguaia, temos que lutar para que o inquérito tenha andamento. Inquérito esse que aponta – em uma das suas linhas de investigação – que a ordem para assassinar o companheiro Josenaldo pode ter vindo do Frigorífico Bertin, onde o sindicalista tinha seu vínculo empregatício.
Acompanhamos de perto a investigação desse crime. Chegar aos assassinos e mandantes e fazê-los pagar pelo crime é ponto de honra para a FETRACOM. Assim como acabar com a impunidade que vem banalizando os crimes de encomenda naquela região.
Isto posto, não podemos ser signatários da nota.
Solicitamos ainda,ao presidente Xavier que determine para que a sua assessoria de imprensa repasse esta posição da FETRACOM aos influentes blogs da cidade, como o blog do Dr. José Maria Quadros Alencar, Quinta Emenda, Blog do Barata, blog do Bacana e outros que estão postando a nota e nos citando como signatários da mesma,
o que não é verdade.
José Francisco Pereira
Presidente
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