No AMAZÔNIA:
Com apenas 30% do efetivo total exercendo suas atividades, as atividades dos peritos criminais e médico-legistas do Centro de Perícias Técnicas (CPC) Renato Chaves continuam paralisadas. Os manifestantes pedem a saída imediata do atual diretor, e garantem que não voltam ao trabalho sem uma definição oficial da Secretaria de Segurança Pública.
Durante todo o dia de ontem, apenas os exames de necropsia, corpo de delito, e perícias sexuais eram realizadas pelos poucos servidores que trabalharam normalmente. Contudo, cinco dos oito gestores do IML pediram demissão ainda no primeiro dia de greve. De acordo com João Gouveia, diretor do Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa), os exonerados são o diretor do Instituto Médico Legal (IML), Juvenal Júnior e os gerentes de perícia de mortos, de vivos, de patologia forense e de ortopedia e traumatologia.
João Gouveia garante que a categoria está desamparada, principalmente depois que o presidente da Associação de Peritos Oficiais do Pará (Aspop), Randolfo Coelho, declarou que não apoia o movimento.
'Estranho o comportamento do presidente da Aspop. É lamentável que um sindicalista esteja contra um movimento que mostra tantas arbitrariedades de um diretor. Parece-me que ele está atuando mais como um ventríloquo da direção', dispara o diretor do Sindmepa.
Gouveia chamou o diretor do IML de 'despreparado e articulador'. 'Ele já se aproveitou de um movimento de greve, onde finalizou uma paralisação em troca do cargo de diretor do Renato Chaves', revela o diretor.
Para o presidente da Aspop, Randolfo Coelho, a greve pode ser considerada, de fato, abusiva e acredita que a manifestação foi fraca.
'Percebi que o movimento perdeu a força ontem, principalmente pela parte da tarde, onde somente faixas eram vistas em frente ao prédio do IML', disse Randolfo.
Em nota, o Centro de Perícias Científicas Renato Chaves declara, por meio de sua assessoria de imprensa, que o atendimento pode ser considerado normal durante todo o dia de ontem. A nota informa que até às 12h55, apenas um corpo aguardava para ser necropsiado e dois para serem liberados (necrópsia em andamento). .
O CPC confirma o pedido de exoneração por parte de cinco servidores. Entretanto, a medida nada interfere no atendimento dispensado ao público, pois são cargos administrativos, para fins burocráticos da instituição e que podem ser executados por qualquer médico.
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