sábado, 20 de junho de 2009

Avaliação de Almir é “equivocada e injusta”, diz Jatene

Ana Célia Perereca da Vizinha Pinheiro passou algumas horas da tarde de quinta-feira passada com Simão Jatene, pré-candidato do PSDB ao governo do Estado. A conversa rendeu uma entrevista na qual o ex-governador abriu o jogo.
Abaixo, alguns momentos de Jatene:

Sobre a acusação de Almir Gabriel, de que ele, Jatene, fez “corpo mole” na eleição de 2006:
“Não tenho nenhuma dúvida de que a leitura dele, além de equivocada, é injusta. Mas, não tenho como responder o porquê dessa leitura. Mas, quero dizer uma coisa, reafirmando o que já disse a respeito disso: isso não muda um milímetro do meu respeito por ele. Não muda um milímetro da avaliação que faço da importância política que ele teve no estado do Pará. Não muda um milímetro da avaliação que faço dos oito anos de governo do Gabriel. Ou seja, os conceitos que construí, durante anos, não são alterados por uma entrevista, por um equívoco, por uma avaliação divergente daquela que considero a correta.”

Sobre o porquê de não ter disputado a reeleição, em 2006:
“No Brasil, os partidos são muito pouco programáticos. Por isso, a reeleição acaba impregnada por um personalismo muito grande. E como sempre apostei em projeto coletivo, não podia imaginar a reeleição a não ser excepcionalmente, no caso de não se ter uma candidatura alternativa, à altura de garantir a continuidade de princípios postos no governo. Mas, esse não era o caso: tínhamos uma pessoa com uma história; um ex-governador que fez um belo trabalho e que se dispunha a ser candidato.”

Sobre sua candidatura e a disputa com Mário Couto para ser o candidato do partido:
“Deixe eu lhe dizer uma coisa: espero que não precisemos fazer isso. Mas, já disse isso em mais de uma oportunidade: eu não inventei essa história da minha candidatura – não inventei, mesmo! Ela foi se forjando, nestes dois anos, como fruto de apelo, de muita discussão com lideranças políticas. E eu lhe diria que, nos últimos tempos, sobretudo fruto de uma enorme manifestação das ruas. Eu ando nas ruas: não tenho motorista, não tenho seguranças; vou ao supermercado, fazer as compras de casa; vou ao shopping, como todo mortal... E encontro com as pessoas. E o sentimento das pessoas, o apelo das pessoas, é que está na raiz da minha candidatura.”

Sobre o relacionamento de seu governo com o governo federal:
“Ele [o governo federal] foi profundamente perverso, não comigo, mas, com o Pará. E me lembro que disse isso, à época. E me lembro que apareceram com um número estapafúrdio, dizendo que tinham passado R$ 5 bilhões. E eu disse: ‘Mas, rapaz, R$ 5 bilhões, em qualquer lugar, aparece. E onde é que estão esses investimentos?’. Posso lhe dizer mais uma coisa: as parcelas do Fundo de Exportação. A primeira, que deveria ter vindo em janeiro, só veio em novembro de 2006. A segunda, só chegou em 31 de dezembro. A terceira, só veio em 2007.”

Leia aqui a íntegra da entrevista.

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