terça-feira, 21 de outubro de 2008

Na Fiepa, “A Força do Cidadão”

O superintendente regional do Sesi no Pará, o santareno José Olímpio Bastos (aí ao lado), lança nesta terça-feira, às 19h, no auditório da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), o livro “A Força do Cidadão”.
A obra dá seguimento a uma outra, “Senhor Cidadão, Você é o Patrão”, que reproduz as conversas do autor com o feirante Jorjão – que trabalha na Feira da 25 de Setembro – sobre o sistema de arrecadação de impostos, a aplicação do dinheiro público e a importância do cidadão entender muito bem tudo isso, para que a coletividade saiba como sua contribuição está sendo usada pelo Poder Púbico. Jorjão, no caso, virou Juca, o personagem do livro.
Em A Força do Cidadão, Zé Olímpio vai mais adiante. Mostra que os cidadãos, organizada e conscientemente, dispõem de meios concretos para interferir diretamente no controle social, usando para isso os canais institucionais disponíveis, inclusive o Poder Legislativo.
No lançamento do livro, hoje à noite, o reitor da Universidade Federal do Pará (UFPA), Alex Fiúza de Melo, que assina o prefácio, vai fazer uma palestra sobre cidadania.
Sobre a primeira obra de Zé Olímpio, o deputado federal Gerson Peres (PP-PA) escreveu recentemente artigo publicado em O LIBERAL. Leia abaixo.

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Você é o patrão

GERSON PERES

Você já leu o livro “Senhor cidadão, você é o Patrão”? Se não leu, é uma boa pedida para o momento de eleições. São cem páginas de diálogos conscientizadores. Originam-se de uma conversa do autor do livro, José Olímpio Ferreira Bastos com o feirante Juca, da 25 de Setembro.
Idealizador e idealista, professor e administrador de empresa, com habitação em comércio exterior, bancário aposentado do Banco do Brasil, José Olímpio, por delegação do presidente da Fiepa, José Conrrado, dirige o Sesi.
Ao escrever esse livro, presta relevante serviço de conscientização da sociedade. Procura tirá-la da passividade, em relação aos seus direitos e garantias e impulsioná-la à atividade do reconhecimento que a cidadã e o cidadão são o “patrão-usuário” dos atos e ações dos que governam, legislam e julgam. Em outras palavras, de todos os membros dos três poderes republicanos.
Se você ainda não leu, leia. É uma seqüência de diálogos bem sincronizados, didaticamente concatenados com informações conscientizadoras de deveres e obrigações recíprocas em que pontificam o princípio fundamental de que “você é o patrão” porque contribui para o “bolo do governo”. Dele, uma fatia, “montanha de dinheiro”, é também sua.
Por isso, como contribuinte dos numerosos tributos que a Nação lhe obriga a pagar, você deve saber reconhecer-se patrão e credor dos atos, ações e serviços do Poder Público e seus responsáveis.
Os diálogos que José Olímpio mantém com o feirante é interessantíssimo. A criatividade está presente ao lado de configurações elucidativas, dentro de um cenário de verdades inquestionáveis. A inovação pedagógica retrata o estilo simples e inteligível, conseqüentemente transformadora da compreensão instantânea de que realmente “o cidadão é o patrão”. Por isso mesmo, deve conviver socialmente e reclamar seus direitos, porque paga de seu bolso os serviços públicos.
O livro inova ao descobrir, pelo diálogo literário, tema despercebido dos que pagam impostos e não atinam com o direito que tem de exigir a respeitosa, concreta e eficiente contrapartida. Precisam, portanto, transmudar-se de devedores em credores dos serviços públicos que lhes são devidos. As informações educativas conscientizam exigir dos serventuários pagos com o “meu, o teu e o nosso dinheiro” o bom tratamento.
Assim, se um dia os brasileiros conseguirem reverter a passividade na façanha de serem respeitados pelos que são pagos por eles, com certeza coexistirão socialmente, com paz, justiça social, harmonia e felicidade.
O livro do José com os diálogos com o Juca é cheio de esperança e escreve ao leitor para conquistar cada cidadão e cidadã a “atuar no “organismo social” brasileiro como os anticorpos atuam em nosso próprio corpo, eliminando corpos estranhos (vírus, bactérias, fungos etc.).
E dá o grito final contra a passividade: vale a pena “formar milhões e milhões desses anticorpos”. “Se conseguirmos, estaremos contribuindo enormemente para a melhoria da saúde de nosso Brasil, hoje bastante debilitada, com todos os males que a acometem”.
Concordo com o José: o senhor cidadão é mesmo o patrão.

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