O corpo da adolescente Eloá Cristina Pimentel, 15, foi enterrado por volta das 9h10 desta terça-feira no cemitério Jardim Santo André (Grande São Paulo). Cerca de dez mil pessoas acompanharam o cortejo, de acordo com a Guarda Municipal.
Eloá foi morta com um tiro na cabeça após ser mantida refém por cem horas pelo ex-namorado, Lindemberg Fernandes Alves, 22. Durante o trajeto até o jazigo, pessoas bateram palmas.
Também por volta das 9h10, enquanto o jazigo começava a ser lacrado, a mãe, Ana Cristina Pimentel, jogou flores sobre o caixão. Ela era amparada pelo filho. O pai da menina não acompanhou a cerimônia - hipertenso, ele havia recebido atendimento médico.
No final da noite de ontem, Ana Cristina disse que perdoa o ex-namorado da filha, mas que quer justiça. "Eu consigo perdoar o Lindemberg. Eu consigo perdoá-lo de todo o coração, mas que a justiça seja feita", afirmou Ana. "A Eloá está feliz em um lugar melhor", disse.
A declaração foi dada em frente ao caixão. Um grupo que a acompanhava a cerimônia vestindo camisetas brancas com a imagem de Eloá sorrindo, chorou. Foi a primeira manifestação pública da mãe desde que a filha foi feita refém.
A mãe isentou o Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais), da Polícia Militar, de qualquer espécie de culpa pelo trágico desfecho e agradeceu a população que foi ao velório da filha, iniciado na tarde de ontem. Cerca de 30 mil pessoas já haviam passado pelo local até por volta das 8h40 de hoje.
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