sábado, 10 de maio de 2008

“Não compreendo tanto ódio em relação às ‘faixas cidadãs’”

De Yúdice Andrade, sobre a postagem Colisões integram o cenário da Nova Duque:

Na verdade, a expressão "faixa da pedestre" não deve ser entendida tão ao pé da letra, como uma área de segurança unicamente para quem anda a pé. Que diferença faz se o ciclista está pedalando ou passa a pé, empurrando a bicicleta? Preciosismo sem sentido.
Na verdade, deveríamos falar em "faixa de travessia", para qualquer pessoa que não esteja a bordo de veículos automotores.
O art. 29, § 2º, do Código de Trânsito dispõe que "Respeitadas as normas de circulação e conduta estabelecidas neste artigo, em ordem decrescente, os veículos de maior porte serão sempre responsáveis pela segurança dos menores, os motorizados pelos não motorizados e, juntos, pela incolumidade dos pedestres."
Honestamente, não consigo compreender tanto ódio em relação às "faixas cidadãs". Sou motorista e só passo pela Duque de carro, o que faz de mim um dos supostos prejudicados. Mas considero uma medida altamente salutar forçar os motoristas de Belém - verdadeiros psicopatas - a mudar seus hábitos, a ter um mínimo de cidadania. Se a boa educação não é espontânea, deve ser ensinada. Já estive em cidades em que o respeito ao pedestre era natural e, na condição de pedestre, senti-me muito bem com isso.
Até hoje, não vi uma só manifestação contrária às "faixas cidadãs" que não fosse baseada no velho e famigerado individualismo, que tantos males traz ao mundo, em que pese, por vezes, se tentar mascarar esse sentimento por meio de argumentos pretensamente técnicos.
Não digo que seja o seu caso, mas julguei oportuna esta ponderação.

2 comentários:

Yúdice Andrade disse...

Grato pelo destaque dado ao meu comentário. Um abraço.

Poster disse...

Yúdice,
Você manda. Manda sempre.
Abs.