O Ministério Público Federal (MPF) no Pará denunciou o fazendeiro que marcou com ferro quente um trabalhador que reclamou das más condições de alimentação e de atraso no pagamento de salários.
Juntamente com dois funcionários da fazenda Bom Sucesso, de Paragominas (sudeste do Estado), o pecuarista Gilberto Andrade foi acusado pelo MPF de tortura, redução à condição análoga à de escravo, desrespeito aos direitos trabalhistas e aliciamento de trabalhadores de um local para outro do território nacional.
A vítima, C. G. S. (nome que o MPM não divulga para poupá-lo de possíveis retaliações), começou a trabalhar na fazenda em setembro de 2007, como cozinheiro. O salário prometido era de R$ 380, sem registro em carteira, mas ele acabou recebendo apenas R$ 140 por mês.
Em 24 de janeiro, C. G. S. reclamou ao patrão sobre atrasos no pagamento e falta de alimentos. Em resposta, segundo a denúncia do MPF, Gilberto Andrade determinou que os administradores da fazenda Fernando da Silva Teles e Antônio Alves do Carmo segurassem o trabalhador pelos braços. Em seguida, o fazendeiro machucou os braços, o rosto e a barriga de C. G. S. com um ferro quente, de marcar boi.
Em vistoria ao local, fiscais do MTE verificaram que 38 empregados - alguns menores de idade - viviam em situação precária, sem condições mínimas de higiene e de segurança e em total desrespeito a seus direitos trabalhistas.
Com informações da Assessoria de Comuncicação do MPF
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