quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Em ano eleitoral, governo acelera ritmo de desapropriações de terra

Em O ESTADO DE S.PAULO:

Só nos meses de janeiro e fevereiro deste ano - um ano eleitoral - o governo federal deve desapropriar mais terras para a reforma agrária do que fez durante os 12 meses de 2007. Em janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já destinou para a reforma, por meio de decretos de desapropriação, 107 mil hectares de terra - o que representa mais da metade dos 207 mil hectares obtidos durante todo o ano passado.
Em fevereiro haverá outro salto. De acordo com informações do ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, o presidente deve assinar neste mês mais decretos de desapropriação, com 148 mil hectares. No total, serão 255 mil hectares em dois meses.
De acordo com levantamentos preliminares, essa terra pode abrigar cerca de 8 mil famílias. No ano passado inteiro, programas semelhantes do governo beneficiaram 5.300 famílias.
Para Cassel, que tem sido criticado pelo Movimento dos Sem-Terra (MST) pelos resultados do ano passado, o salto previsto para os dois primeiros meses de 2008 está exclusivamente relacionado com a greve dos servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em 2007. Reivindicando salários e melhores condições de trabalho, eles ficaram parados durante 90 dias - fato que represou de maneira pesada as ações da reforma.
A pressa de janeiro e fevereiro nada mais seria, portanto, do que a retomada do que não pôde ser executado em 2007 - ano em que o governo Lula destinou mais recursos para a reforma agrária desde que tomou posse pela primeira vez, em 2003.


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