Na FOLHA DE S.PAULO:
O presidente nacional da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Cezar Britto, defendeu em discurso que as autoridades que, segundo a interpretação da Ordem, desrespeitam as prerrogativas do advogado sejam impedidas de advogar quando deixarem seus cargos. A orientação foi feita em evento realizado ontem em São Paulo especialmente para rebater as críticas do procurador-geral de Justiça de São Paulo, Rodrigo Pinho, feitas no início do mês.
Em discurso e em nota, o procurador havia dito que a seccional paulista da Ordem atua de "forma fascista" e que "lembra o período histórico do macarthismo", ao dedicar-se à realização e à divulgação de uma lista de "inimigos dos advogados". Pinho defendia promotores colocados na lista.
"Nós [precisamos] começar a fazer valer a regra: quem ataca a advocacia jamais poderá ser advogado. Essa ousadia que nós temos que enfrentar a partir de agora. Só pode advogar quem ama a democracia, quem ama a cidadania", disse Britto.
Britto não citou nomes, mas segundos antes havia indicado o alvo de seu discurso. "Se nós somos fascistas, que não venham mais para cá depois. Continuem com suas aposentadorias, continuem usando suas carteiras dos órgãos que representam", afirmou.
O veto ao exercício da advocacia ocorreria quando a autoridade solicitasse a carteira da Ordem, instrumento obrigatório para exercício da profissão.
Aos jornalistas, o presidente da Ordem reafirmou a orientação. "A orientação que estou dando é cumprir o nosso dever de mostrar às pessoas que advocacia é um assunto sério, exige compromisso com a democracia, exige compromisso com a liberdade. Quem não tem esses compromissos não pode ser advogado", disse o advogado.
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