Não está descartada a possibilidade de que o ex-secretário municipal de Saúde William Lola, o que levou ao conhecimento do Ministério Público Federal as trombadas da Prefeitura de Belém na aquisição de veículos com recursos da Saúde (leia aqui e aqui), venha a ser chamado para emprestar sua valiosíssima colaboração no processo em curso no Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília.
É lá que o prefeito Duciomar Costa responde na condição de réu a processo criminal. É lá que o gestor negou qualquer dolo (a intenção deliberada de fazer alguma) na condução de todo o processo que resultou na transferência irregular, para a Guarda Municipal de Belém, de veículos adquiridos com recursos da Saúde. No máximo, segundo disse, teria havido uma confusão na hora de procedimentos licitatório. E ainda atribuiu as responsabilidades inteiramente ao então secretário de Saúde, Lola no caso.
Pois é lá que William Lola, em algum momento processual adequado, mais à frente, poderá contar o que contou ao MPF aqui em Belém, em dezembro de 2006. E poderá dizer, inclusive, que o prefeito ordenou-lhe por telefone para adotasse condutas afrontosas, conforme o próprio ex-secretário afirmou.
Lola não se livrará tão cedo da (boa) marca de ter-se sintonizado com o interesse público, ao tomar a iniciativa de informar ao MPF sobre coisas que todo mundo sabe, mas que muitas vezes sem conseqüência.Desta vez, parece, terão conseqüência.
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