Caberá a uma magistrada santarena, a juíza da 5ª Vara Trabalhista de Belém, Maria Zuíla Lima Dutra, a tarefa de descascar o abacaxi das bloqueio/desbloqueio das rendas de Remo e Paysandu, que têm seus créditos permanentemente sob penhora porque passam o calotes em jogadores que contratam, fazem acordos, descumprem acordos, não pagam as multas e por aí vão, num sem-fim de bagunça administrativa que os levou à terceira divisão.
Na entrevista coletiva marcada para as 14h desta sexta-feira, a presidente em exercício do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região, desembargadora Francisca Formigosa, e a diretora da Central de Mandados do Foro Trabalhista de Belém, juíza Nazaré Medeiros Rocha, anunciarão que todos os processos em execução – atualmente estimados em cerca de 200 –nas 16 varas do Trabalho de Belém que tramitam contra os dois times passarão a ser concentrados na 5ª Vara Trabalhista, presidida por Zuíla.
Formigosa também possui ligações com Santarém. Presidiu a Junta de Conciliação e Julgamento de Óbidos até 1992 e, após, presidiu a JCJ de Santarém no período de janeiro de 1993 até março de 1996. Em 4 de março dese ano, foi promovida, por critério de merecimento, ao Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região.
Para o Re x Pa deste domingo, já está definido que serão bloqueados apenas 20% da renda do clássico. Mas ainda não se sabe, ao certo, qual a cota dos demais jogos. Deve ser anunciada ainda a formação de um fundo que receberia regularmente repasses financeiros dos dois clubes. A idéia é, periodicamente, promover audiências de conciliação para tentar acordos entre as partes e saldar os débitos com os recursos disponíveis em tal fundo.
A idéia é engenhosa, mas quando se trata de Remo e Paysandu e seus respectivos cartolas, nunca se sabe. Até porque foi com muito engenho e arte que os dois maiores clubes do futebol paraense chegaram a essa situação de penúria, a essa situação calamitosa e vexatória em que se encontram.
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