domingo, 11 de outubro de 2020

Berlinda, povo, corda, promesseiros, anjinhos exautos. Teve Círio, sim. E como teve!

E quem disse que não haveria Círio este ano?

Teve Círio, sim.

O Círio aconteceu, sim.

Plantei-me, por cerca de 1 hora e 15 minutos, aos pés de uma mangueira plantada, centenariamente, na Avenida Nazaré com a Benjamin.

Foi o suficiente para ver, com meus próprios olhos, que o Círio deste ano - mesmo diferente, muito diferente dos quase 230 Círios anteriores - foi igual, senão até mais intenso, nas expressões de fé e devoação a Nossa Senhora de Nazaré.

Teve tudo, como em qualquer Círio.

Teve povo nas ruas - reunido aos milhares, diga-se.

Teve berlinda - aninhada singelamente nos carrinhos e nas bicicletas.

Teve corda.

Teve pagador de promessa.

Teve anjinho - alguns exautos, ao ponto de precisarem do refrigério de um sorvete de açaí (tem algo mais paraense do que isso?)

Teve a expressão solitária de gente que foi para as ruas sozinha, para conversar (no murmúrio de suas mais íntimas súplicas) unicamente com a Senhora de Nazaré, durante a marcha até a Basílica.

Vejam, nas fotos do Espaço Aberto, as imagens do Círio do mais diferente de todos os Círios.

O mais diferente e, por isso mesmo, talvez o mais emocionante.






































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