Serraglio abriu o verbo. E mostrou as provas.
Serraglio é Omar Serraglio, deputado federal (PMDB-PR).
Foi ele o relator da CPI do Mensalão.
Sua Excelência está porraqui com José Dirceu, o ex-ministro.
É que Dirceu, todos sabem e sabem todos, vive dizendo que o Mensalão foi uma farsa.
Diz-se vítima de uma ficção.
Apresenta-se com vítima de vinditas políticas.
Até já convocou estudantes para saírem, engrossando o que Dirceu chamou de “batalha política”.
Pois Serraglio foi à tribuna da Câmara. E apresentou 12 provas contra Dirceu, colhidas pela CPI, fora as que o Ministério Público colecionou.
Abaixo, as provas apresentadas por Serraglio.
1) à época em que Dirceu era ministro, "nada ocorria sem o beneplácito do super-ministro, como era chamado na imprensa e nos corredores do poder";
2) Roberto Jefferson, líder do PTB, "confessa que tratou por mais de dez vezes do mensalão com Dirceu";
3) o publicitário mineiro Marcos Valério Fernandes de Souza "afirmou que ouviu de Delúbio [Soares, ex-tesoureiro nacional do PT e da campanha presidencial de Lula em 2010], que Dirceu deu 'aval' aos empréstimos bancários que alimentaram o mensalão;
4) a mulher de Valério "assentou que Dirceu se reuniu com o presidente do Banco Rural no Hotel Ouro Minas para acertar os empréstimos do banco";
5) Valério "arrumou emprego para a ex-mulher de Dirceu no [banco] BMG em São Paulo";
6) um sócio do publicitário se "tornou 'comprador' do apartamento da ex-mulher de Dirceu em São Paulo";
7) Valério "afirma que foi quem ajustou a audiência havida entre os diretores do BMG e o ministro Dirceu";
8) segundo Valério, "Silvio Pereira [ex-secretário nacional do PT] lhe disse que José Dirceu sabia dos empréstimos junto aos bancos";
9) a presidente do Banco Rural "declarou que Valério era um 'facilitador' das tratativas com o governo" e "disse mais, que 'Dirceu foi a única pessoa do governo com quem ela falou" sobre o interesse do Rural relativo à aquisição de parte do Banco Mercantil de Pernambuco;
10) o ex-deputado Jefferson "afirmou que, por orientação de Dirceu, houve encontro no Banco Espírito Santo, em Portugal, à busca de R$ 24 milhões";
11) o ex-tesoureiro do PTB, "Emerson Palmieri relata que todas as tratativas eram ratificadas, ao final, por Dirceu;
12) a ex-secretária de Valério na agência de publicada em Belo Horizonte (MG), Karina Somaggio, "testemunhou que Valério mantinha contatos diretos com José Dirceu".
Um comentário:
Tudo depoimentos de gente interessada em "dividir CULPA". Nos autos mesmo, até hoje nada.
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