Os verdes, o Mangal e o cara traído: tudo, mas tudo a ver.

Mas olhem só.

De um punhado - isso mesmo, um punhado, representativo da quantidade que cabe num dos punhos - de membro dos Partido Verde (PV) no Pará, o que se diz é que sempre foram mais camaleônicos do que o próprio camaleão.

Sempre se disse que nesse minguado - minguadíssimo - grupo do PV do Pará há gente que já foi vermelha, passou a amarela, deu um trafegada pelo azul, ingressou no verde, deu um saltitante salto de volta para o vermelho e agora está à espera, digamos, dos telefonemas dos poderosos de amanhã para se transmutarem de novo em amarelo.

Sempre se disse que esses pouquíssimos caraminguás do PV do Pará são arrivistas, oportunistas.

Sempre se disse que conseguem detectar os olores - e odores - das alfazemas do poder até no lixão do Aurá.

É incrível, dizem, como esses poucos camaleões do PV do Pará detectam cheiro de poder mesmo quando os cheiros não são tão cheirosos assim.

De dois ou três do PV do Pará, dizem - dizque - que levaram à enésima potência a interpretação daquela máxima segundo a qual apenas os imbecis é que não são capazes de mudar de opinião.

Pois só de birra, pois só de chatos, esse punhado do PV do Pará, ao que se diz, se reuniu para, segundo o jargão dos assembleístas, tirar um documento.

O documento contém apenas um compromisso: "Como não somos imbecis, vamos mudar de opinião todo dia, o dia todo".

Pois é.

Tudo isso dizem desse grupo, desses caraminguás, desse punhado do PV do Pará.

Mas que injustiça!

Quanta ignomínia!

Mas como essa gente é maldosa!

É uma inverdade tudo o que dizem desse grupo.

É uma deprimente, deplorável inverdade.

O Espaço Aberto, sinceramente, se solidariza com esse grupinho do PV do Pará tão atacado, tão ofendido, tão alvejado pelo preconceito.

Mas o blog também quer dizer que ontem fez uma descoberta: nesse grupinho do PV - que não é camaleônico, que não é arrivista, nem oportunista, nem fareja as alfazemas do poder até em lixões - tem gente que não sabe ler.

Não sabe mesmo.

E depois ainda falam mal do Tiririca.

Ah, coitado do Tiririca.

Como o blog fez essa descoberta?

Em verdade, não foi o Espaço Aberto quem fez.

Fizeram para o Espaço Aberto.

Mandaram pra cá, anonimamente, uma informação de que nos meios virtuais - evidentemente que manejados por gente desse grupinho do PV - haviam desmentido, com ironias e até com fotos, uma postagem cheia de fotos feita aqui na última terça-feira, mostrando o estado de deterioração, de abandono em que se encontra o Mangal das Garças, administrado pela Organização Social Pará 2000.

Uma vez informado, o poster foi lá ver.

E não é que era verdade?

Em meios virtuais, publicaram-se fotos contra os fatos (hehehe).

E publicaram-se outas fotos para desmentir os fatos retratados nas fotos que este blog publicou.

Piada verde também é piada

A postagem verde é uma piada.

Começa contestando a velha máxima de que uma imagem fala mais que um texto.

A postagem verde acha que essa máxima não é tão máxima assim. Não é tão verdadeira assim.

Vai ver que esse hermenêuta da imagética é capaz de ver num azul o amarelo; no amarelo, um vermelho; no vermelho, um verde. E por aí vai.

Vai ver que esse hermenêuta da imagética é capaz de tomar um camaleão por um pintassilgo, ou um pintassilgo por um bicho de pé.

A postagem verde refere-se - sem citar este blog, mas é a este blog que se refere - ao aviso "em manutenção" que está logo à entrada do Mangal, conforme a foto aí em cima.

E sabem o que faz a postagem verde?

Põe uma foto de obras sendo feitas no portão do Mangal.

Sabe o que mais? Diz que o portão eletrônico não funciona desde 2006.

E aí, o que é o camaleão tem a ver com a Gisele Bündchen?

- Nada - dirão vocês.

Pois é. Pois das mesma forma que um camaleão nada tem a ver com a Gisele Bündchen, a foto da postagem verde, de obras no portão eletrônico do Mangal, nada tem a ver com a postagem feita aqui no Espaço Aberto.

A postagem feita aqui dizia assim:

Vejam a máquina que deveria emitir automaticamente os bilhetes para o estacionamento.

A máquina fica, é claro, à entrada – logo à entrada – do Mangal: “Em manutenção”.

Está há meses assim. Repita-se: meses.

Pronto. Foi isso.

Este blog falou em máquina, a máquina que emite os bilhetes para o estacionamento.

Não falou em portão.

Por que a postagem verde se deu ao trabalho de ir ao Mangal para tirar a foto do portão e supostamente desmentir este blog, que falou em máquina de emitir bilhetes para o estacionamento?

Sabe-se lá por quê.

Perguntem ao Tiririca.

Ou perguntem para o hermenêuta da imagética que inspirou a postagem verde a dizer que nem sempre uma imagem vale mais que um texto.

Jardins "em manutenção". Acreditem!

Acabou?

Não acabou.

Tem mais.

A postagem verde diz que os jardins em manutenção, como os mostrados aí por cima pelo Espaço Aberto, revelam a preocupação em restaurar a paisagem.

É?

A preocupação com isso é a mesma que mantém a máquina - a máquina, seus verdes, a máquina, não o portão - da entrada do Mangal há meses "em manutenção"?

Se preocupação for a mesma, é sinal que a recuperação da máquina que está há meses em manutenção vai ficar para as calendas gregas - ou calendas verdes, se quiserem.

Tem mais?

Sim, tem mais.

O hermenêuta da imagética que inspirou a postagem verde aí pelos meior virtuais diz que a responsabilidade pela recuperação do teto do Manjar das Garças (vejam nas fotos acima) não é da OS Pará 2000, mas do locatário do restaurante, que já teria sido notificado a cumprir com suas obrigações contratuais.

Ótimo.

Então, isso em nada, absolutamente nada desmente este blog, que apenas mostrou as fotos e cobrou que os responsáveis se mexam, se movam para não deixar que o Mangal se deteriore com a velocidade que todos vemos deteriorar.

Quer quer ganhar 50 camaleões?

Aliás, o Espaço Aberto lança um desafio ao verdes de todas as cores - amarelos, azuis, brancos, róseos, vermelhos e até para o verdes que são verdes.

O desafio é o seguinte: que se aponte uma, apenas uma menção ao PV na postagem contestada. Se descobrirem lá a silga PV ou a expressão Partido Verde, este blog promete mandar a cada verde do Pará, por Sedex, 50 camaleões de ouro - dez vermelhos, dez azuis, dez amarelos, dez brancos e dez verdes.

O blog se refere na postagem à Organização Social Pará 2000, que administra o Mangal e a Estação das Docas.

Diz o seguinte:

Ao que se diz, as dívidas dessa OS, a Pará 2000, que administra o Mangal e a Estação das Docas, é monstruosa.

Chega aos R$ 4 milhões.

Por quê?

Essa foi a menção.

Poderão alegar os verdes que o PV, implicitamente, foi mencionado porque a OS Pará 2000 é dirigida por gente indicada pelo partido?

E aí novamente.

E aí, o que é o camaleão tem a ver com a Gisele Bündchen?

Novamente, nada tem a ver.

Então só porque os Estados Unidos têm interesse até em Jaguaré, ninguém vai poder falar de Jaguaré porque implicitamente estará falando dos Estados Unidos?

Parem com isso!

Nem verdes, nem amarelos, nem azuis, nem vermelhos têm o direito de vedar o direito da gente meter o nosso bedelho quando há indícios de que o dinheiro público está sendo mal aplicado.

Não precisamos pedir licença pra isso.

Decididamente, não precisamos.

O PV e o cara traído. Tudo a ver!

E então, depois das fotos contra os fatos (hehehe) que a postagem verde fez para, supostamente, desmentir os fatos que este blog mostrou com fotos?

E então que, depois disso, chegou-se à conclusão de que aqui se aplica aquela historinha que o Espaço Aberto já contou algumas verdes e que não custa, agora, repetir.

É a história do cara traído que estava num bar.

Um cara estava num bar, dia de sábado, com amigos.

Um deles, constrangido que só, disse ao cara:

- Vai agorinha à tua casa. A tua mulher está no quarto com outro. Está fogosamente verde. Às vezes, de tão fogosa, passa de verde a amarela, de amarela a azul. Está subindo pelas paredes. Está pintando e bordando com ele no quarto.

O cara se levantou e foi até a casa dele, que era próxima ao bar.

Chegou lá, viu, conferiu e voltou para o bar.

Voltou e se sentou à mesa.

Silêncio geral.

E ele, o traído, calado.

Caladíssimo.

Até que um dos amigos quebrou o silêncio.

- E aí? Foste à tua casa?

- Fui.

- Ela estava mesmo no quarto com outro?

- Estava. Mas não estava fazendo assiiiiiiimmmm, com esse exagero todo, como vocês me disseram. Mas estava.

É o caso do PV em relação ao Mangal.

Se perguntarem a alguns do PV, "e aí, o Mangal não está distiorado?", ouvirão certamente em resposta.

- Está. Mas não está assiiiiiiimmmm, com esse exagero todo que dizem por aí.

Hehehe.

Vai ver, não custará muito para o PV mudar sua opinião a esse respeito.

Afinal, para o PV, só os imbecis não mudam de opinião todo dia, o dia todo.

É por isso, dizem, que alguns do PV são camaleônicos.

Ou camaleões.

Oh, mas que ignomínia!