segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

E a transição? Republicanamente, desandou.



Vejam bem!
As duas imagens lá do alto são de uma entrevista feita pela repórter Rita Soares com o coordenação da transição dos tucanos, Sérgio Leão. A entrevista foi publicada no Diário do Pará de sábado.
A imagem acima é de uma notinha que saiu no "Em Poucas Linhas" de O LIBERAL, também no último sábado.
Cliquem nas imagens para ampliá-las um pouco mais.
Agora, olhem aqui.
No dia 3 de novembro passado, o Espaço Aberto fez uma postagem intitulada MP e OAB na transição. Por quê?
Escreveu-se então o seguinte:
Qual a intenção de doutor Jatene em pretender que o MP e a OAB acompanhem a transição de governo?
Provavelmente, é das mais meritórias.
Provavelmente, ele pretende que o processo tenha a maior transparência possível.
Mas, doutor Jatene, o processo terá transparência apenas porque o Ministério Público e a OAB vão participar?
O MP e a OAB são, sem dúvida, uma instituição e uma entidade respeitáveis.
Mas só e somente elas são respeitáveis?
O processo ganhará transparência apenas porque as duas vão participar?
E trocentas outras, igualmente respeitáveis, não vão ser convidadas não?
Mas vamos supor que a OAB e o MP participem da transição.
A OAB e o MP vão fazer mesmo o quê, hein?
Alguém pode explicar isso?
A OAB e a o MP vão opinar?
Vão dar alguma pitaco?
Vão meter seus bedelhos?
Vão dizer às equipes de transição que façam assim ou façam assado?
Leram?
Pois é.
Teve mais.
No dia 4 de novembro, o Espaço Aberto fez outra postagem.
Lá pelas tantas, o blog disse o seguinte.
O que o blog defende é que cada um fique na sua trincheira, atento, lesto e presto.
Atento, lesto e presto, o próprio Executivo agirá, se preciso for, encaminhando indícios de irregularidades ao Ministério Público e daí à Justiça.
Atenta, lesta e presta, a OAB fará o mesmo.
Atentos, lestos e prestos, os verdureiros, jornalistas e tantos mais farão, cada um, o que estiver dentro de suas respectivas órbitas de competência.
O que não pode é misturar.
Viram?
Há mais de um mês, há mais de um 30 dias o blog previu o que era previsível, lógico, claro, racional.
Previu que era inócuo, inútil, era uma perda de tempo a participação do Ministério Público (que acabou nem participando da transição, no que fez muito bem) e da OAB nesse processo de transição que deve envolver apenas o Executivo.
Previu que a OAB ou quem mais participasse da transição nada fariam, além de ficara na condição de espectadores.
Disse que a transparência ou a falta de transparência independem de OAB, de Ministério Público, do Sindicato dos Jornalistas, da Associação dos Feirantes do Afeganistão ou seja lá de quem for.
O cara é transparente ou não.
Se é transparente, não precisa que ninguém lhe fique vigiando.
E fim de papo.
Da mesma forma, o agente público - que, além de ser honesto, precisa parecer honesto - não precisa que lhe ponham um chip para monitorar-lhe os passos.
Ele é ou não transparente, independentemente se OAB ou MP estiverem ali por perto.
E mais: o blog disse claramente que, se indícios de irregularidades houvesse, cada um deveria naturalmente agir dentro de suas competências.
Pois tudo isso, que o Espaço Aberto disse há um mês estão traduzido nesses trechos que estão aí em cima.
E aí?
E aí que a transição desandou.
Republicanamente, desandou.
Republicanamente, rebaixou o republicano a um status nada republicano.
E saiam da frente.
Republicanamente, afastem-se.
Putz!

2 comentários:

Anônimo disse...

E desde quando o MP recebe autorizações dos goernadores dos Estados?

Anônimo disse...

Alguém quer apostar (republicanamente, claro) que toda essa barafunda, todo esse disse-me-disse, toda essa troca de farpas republicanas da transição NÃO VAI DAR EM NADA?!!
Eu aposto que não, não vai acontecer nada de nadica.
O que teremos de aturar (sabe lá por quanto tempo) será troca de acusações; explicações-enrolation-embromation cumpanheras (se muito, se muito...); propaganda enganosa cumpanhera tipo "deixamos mil vezes melhor" (direitos autorais para donAna, hein!) e afins.
E os tucanos só na ameaça, chorando a "new herança maldita", tal qual o governo que está acabando sem ter começado( que toca esse mesmo vinil velho há quase quatro anos).
Ou seja, tiros de festim em uma briga xinfrim.

Quem dera; seria muito salutar que ambos, governo que sai(sem ter entrado) e governo que entra divulgar tudo o que encontrou e/ou deixou.
Quem dera.
Mas a realidade é outra; ah se tivesse briga mesmo.
Políticos só falem verdades quando se desentendem!
E só.