quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Rivais tentam salvar Re x Pa

No AMAZÔNIA:

Vai ter Re x Pa no próximo domingo, dia 7? Por enquanto, ninguém é capaz de dizer que sim, nem que não. A reunião do Ministério Público com a Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Federação Paraense de Futebol e Seel (Secretaria de Estado de Esporte e Lazer), além dos clubes, ontem pela manhã, no anexo do MP, confirmou as informações publicadas nos últimos dias pelos jornais Amazônia e O Liberal, que o clássico seria adiado. Oficialmente, a partida acontecerá no dia 7 de março, também um domingo, no mesmo local. Mas pode ser que não haja mudança e o jogo seja mesmo nesse final de semana. Por iniciativa dos clubes, outra reunião será realizada hoje, às 8 horas, no mesmo local, para tentar solucionar o entrave.
A nova reunião pode ter novidades. O encontro de hoje teria sido motivado por uma pressão da governadora do estado. Ana Júlia Carepa teria intercedido junto à Seel para que as melhorias previstas no TAC fossem feitas, embora o prazo seja dos mais curtos. Ontem à noite houve momentos de correria para que todas as autoridades que estiveram na reunião se fizessem presentes hoje. Mas nem todos devem ter sido avisados. Perguntado sobre o assunto às 23 horas, o presidente da Federação Paraense de Futebol, Antônio Carlos Nunes de Lima, afirmou desconhecer essa pauta. 'Não estou sabendo de nada. O que sei é da reunião em que estivemos hoje (ontem) até 14h30', disse Nunes.
Ontem, os órgãos de segurança e o MP chegaram a um consenso, após duas horas de discussão, que o estádio estadual ainda não oferece totais condições de segurança ao torcedor. Os representantes da Polícia Militar, tenente-coronel Osmar Nascimento, do Corpo de Bombeiros, tenente coronel Daniel, bem como a promotora de Defesa do Consumidor, Helena Muniz, bateram pé e exigiram o cumprimento do Termo de Ajuste de Conduta (Tac), que prevê melhorias no estádio e que vem se arrastando desde 2008.
Antes mesmo do começo da reunião, por volta das 10h30, já circulavam rumores nos corredores do MP dando como certo o adiamento da partida. Os representantes dos órgãos de segurança consideravam uma desmoralização a reabertura do estádio, sem que o TAC estivesse cumprido. O titular da Seel, Jorge Panzera, chegou a acenar com a sugestão de o Mangueirão ser aberto para um público de 35 mil torcedores, 10.007 a menos que a capacidade total do estádio. Mas a proposta acabou não prosperando, para a insatisfação do secretário.
'A ideia era ter o estádio aberto parcialmente, mas os órgãos de segurança acharam melhor agir de outra maneira e vamos acatar', declarou Panzera. O secretário prometeu inciiar o quanto antes as obras de aumento do guarda corpo das arquibancadas, que tem de ser aumentado de 90 cm para 1,20m. As demais obras previstas no TAC e cobradas pela PM, CB e MP são a colocação de um gradil de ferro na vala que circunda o estádio e telas de proteção nas laterais das rampas que dão acesso às arquibancadas. Ambas as melhorias já estão sendo feitas, mas em ritmo bastante lento.
Na avaliação da promotora Helena Muniz, o adiamento do Re x Pa foi a medida mais acertada. 'O estádio ainda não oferece condições plenas de segurança ao torcedor', lembrou. 'Seria um risco não só para o torcedor, mas também para todas as demais pessoas envolvidas no jogo', prosseguiu.
Quem também não saiu do MP muito contente foi o presidente da FPF, Antônio Carlos Nunes de Lima. 'Todas as providências para a partida já haviam sido tomadas', alegou. O dirigente pediu ao MP que os ingressos que seriam utilizados no Re x Pa de domingo sejam validados para a partida do dia 7.

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