quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

O que ela disse

“Habito uma utopia que não é minha. Diante delas, os meus avôs se persignaram e os meus pais entregaram os seus melhores anos. Eu a levo sobre os ombros sem poder sacudi-la. Algumas pessoas que não a vivenciam tentam me convencer – à distância – de que eu devo conservá-la. Porém, é alienante viver uma ilusão alheia, carregar o peso daquilo que outros sonharam.” Yoani Sánchez (na foto), a moça do blog, em seu livro De Cuba com Carinho.

Um comentário:

Anônimo disse...

Prezado PB,

Penso que devemos ter aquilo que o filósofo político John Rawls de "consenso sobreposto não utópico", ou seja, certo número de regras mínimas que todos estarão obrigados a cumprir porque concordaram que elas sejam as melhores para a convivência humana, deixando a cada um, no entanto, o direito de viver conforme suas convicções religiosas, filósoficas, etc.
Em Cuba, o regime dita para as pessoas o modo pelo qual elas devem viver, deixando pouco ou nenhum espaço para as escolhas pessoais. É este o motivo do lamento de Yoani Sánchez.