No site de Parsifal Pontes – deputado estadual e líder do PMDB na Assembleia -, sob o título acima:
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A anunciada troca de comando do Idesp ratifica a minha tese de que não passava de razoáveis intenções a reaparição do órgão, extinto ainda no governo de Almir Gabriel.
Almir Gabriel extinguiu o Idesp: privou o Pará de um órgão que poderia ser o núcleo de um poderoso banco de dados, acumulado por anos de pesquisas, evitando que cada vez que o governo precisasse de bases fosse obrigado a contratar caras e desnecessárias consultorias.
Foi um engodo a recriação do Idesp no governo Ana Júlia: tudo o que fizeram foi reinaugurar uma placa, colocando sob ela um órgão sem orçamento e estrutura suficientes para prestar os serviços que poderia oferecer.
Na verdade, o governo só quis acenar para a comunidade acadêmica que estava preocupado com a Intelligentsia.
Contratar consultorias privadas dá mais lucro às partes envolvidas - contratantes e contratados - do que estruturar um órgão próprio.
Neste particular, PT e PSDB, que tanto se dizem diferentes, foram absolutamente similares: tomaram um órgão que poderia ser de absoluta valia ao Pará e o jogaram no lixo de suas próprias e inconsequências.
2 comentários:
Caro Paulo,
o fechamento do IDESP foi um atraso. Se não houvesse outro motivo, até pelo fato de eu ser da Fundação SEADE de São Paulo, é o "IDESP" paulista- para onde retorno em breve - estranhei essa decisão.
Sei, por experiência, o quanto é precioso o estado coletar e analisar as informações que lhe permitam balizar e avaliar as políticas públicas, além de servirem aos estudiosos que também contribuem com as suas análises, pesquisas e teses.
O IDESP que eu conheci mais de perto - nas gestões da Rosyan Brito e da Violeta Loureiro - tinha técnicos da melhor qualidade. Havia, entre outras atividades, uma cuidadosa coleta de informações sobre a questão fundiária, que resultava na excelente revista Pará Agrário. Eu lembro que chamava as três meninas - à época ..rsrsrs...- que faziam este trabalho de "as meninas da sala dos conflitos".
Um atraso o fechamento do IDESP. E um atraso mais grave a sua reabertura, se não era para ser de verdade. Como o samba do Vinícius..." se foi pra desfazer porque é que fez.." E aqui é útil relembrar um episódio do ano passado.
Naquele episódio ficou claro que além de não entenderem nada de pesquisas e seus resultados- houve um crescimento do percenbtual de pobres em toda a região Norte no período analisado, de 2005 a 2006, mas uma redução do número de miseráveis, dados que foram depois revisados pelo IBGE - os que mandam no governo imaginavam que recriar o IDESP era uma forma amena de referendar suas fantasias.
Espero que o Professor Peter Mann Toledo não se deixe abater. Ele cumpre seu papel e ele é melhor do que isto.
Abração, camarada Paulo.
Não foi apenas o IDESP recriado desnecessariamente neste governo, tantos outros também como: IDEFLOR,SEPES,SEDES,SEDECT,e outros mais. Em vez de enxugarem a máquina e otimizarem resultados,incharam e haja desperdícios, tantos servidores e DAS desnecessários que poderiam ser remanejados, depois não sabem nem explicar o aumento assustador de despesas.
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