No AMAZÔNIA:
As circunstâncias da vida fizeram com que a técnica em radiologia Euciane Maria Cavalcante de Souza se tornasse referência de sua família, composta também pelo marido Marcelo Alves de Souza e o filho, Matheus, de 2 anos. 'Felizmente, isso ocorreu hoje em dia, por que se tivesse sido há décadas atrás, haveria muito mais resistência das pessoas em aceitar', compara Euciane.
Nos primeiros cinco anos de casada, se concentrou nos estudos, enquanto que o marido sustentava a casa. Então, ela foi aprovada em um concurso público e, um ano e meio mais tarde, engravidou. Não fossem os problemas de saúde do filho, que requerem um cuidado especial, não teria sido necessário que um dos cônjuges largasse o trabalho. 'Entre eu, concursada, e meu marido, houve um consenso que ele saísse do trabalho e cuidasse do nosso filho', conta. Sem resistência ou preconceito, Marcelo passou a ficar responsável por levar e trazer o filho, que não teve desenvolvimento físico completo, para a fisioterapia. Além disso, Marcelo ainda cuida de tarefas diárias, assim como Euciane fazia antes de passar no concurso público.
Agora, o casal espera que o filho cresça e passe a frequentar a sala de aula, para que Marcelo volte a trabalhar. 'Meu marido já teve proposta de emprego, mas vimos que ainda não era a melhor hora, pois não haveria como conciliar tudo', diz. Sobre a situação de sustentar a família e ser vista como responsável, Euciane diz não ver problema algum. 'É uma situação circunstancial, não devo satisfação para ninguém. E hoje é até comum'.
Um comentário:
Isso deve ser encarado como normal, não como algo que mereça destaque na mídia.
Ainda é o velho discurso de que somente mulher tem que ir para cozinha e cuidar da casa e dos filhos.
Ei gente, isso mudou, faz tempo...acordem!
Postar um comentário