sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Hansenianos protestam contra projeto

No AMAZÔNIA:

Centenas de pessoas atingidas pela hanseníase - doença infecciosa que acomete principalmente a pele e os nervos das extremidades do corpo - ocuparam ontem as escadarias do Palácio da Cabanagem, sede da Assembleia Legislativa do Estado, para protestar contra o projeto de Lei Complementar nº 4/2009, de autoria do Poder Executivo, que tramita na Casa. Eles tentaram invadir o local, mas foram impedidos. De acordo com a nova proposta de Lei, só poderá receber o auxílio, referente a 90% de um salário mínimo, o hanseniano que receber renda familiar de até meio salário mínimo. Atualmente, têm direito ao benefício pessoas cuja renda familiar é de até cinco salários mínimos.
Os manifestantes reclamavam também do atraso de dois meses no repasse do benefício, além do bloqueio, há mais de um ano, das verbas destinadas à Casa Andréa, que atende os hansenianos. A instituição recebia 10% no mínimo de cada pessoa beneficiada. Hoje, o local é mantido com doações e o atendimento caiu de 100 para oito pessoas por dia, por causa da falta de recursos, informou a secretária da Casa Andréa, Nazaré Garcia. A relatora do projeto, deputada Regina Barata, líder da bancada do PT, adiantou que dará parecer contrário à proposta. Segundo ela, tudo está dentro da legalidade, porém a questão social não está sendo respeitada.
O presidente da Casa Andréa, Benedito Xavier, disse que a situação no local é precária. Antes, 10% do benefício revertido aos hansenianos iam para a instituição. Porém o repasse foi suspenso em agosto de 2008. 'O governo diz que não entregamos a documentação, mas já entregamos tudo para a Sedes (Secretaria de Estado de Assistência e Desenvolvimento Social)', disse. Sobre a situação da Casa Andreia, a assessoria de imprensa da Sedes informou, por meio de nota, que dos documentos pedidos somente foi entregue um relatório com uma lista de associados, mas sem assinaturas que comprovem filiação e a autorização dos hansenianos para repassar recursos para a instituição.

3 comentários:

Anônimo disse...

Situação muito complexa. Não xconheço bem esse caso específico, mas conheço bem caso de hansênicos tratados e em tratamento que preferem ficar recebendo benefícios púbblicos e acostumados a uma situação miserável a se integrar à população economicamente ativa. Vale lembrar que apesar de ser uma doença com potencial incapacitante a hanseníase tem tratamento e a era dos sanatórios (assimc omo faziam também com a tuberculose) acabou. A hanseníase é uma doença tropical, como diversas outras e cada caso de necessidade de benefício por incapacitação deve ser analisado com cuidado.

Rafaela Ribeiro disse...

Acontece que a grande maioria dessas pessoas que recebem este benefício carrega consigo as sequelas da doença, o que por vezes os limita, ou mesmo os que ainda conseguem fazer alguma atividade, são taxados e apontados nas ruas como leprosos e as pessoas tem até medo de chegar perto, claro que o benefício pode gerar sim esta situação,mas é uma pena que a sociedade não esteja preparada para receber , aceitar e conviver com os diferentes.

Anônimo disse...

quem critica esses hansenianos não conhesse a verdadeira realidade deles pois na maioria dos casos quando é detectada a doença ela ja esta num estagio aVANÇADO E MESMO FAZAEDO O TRATAMENTO SEMPRE FICAM SEQUELAS PARA O RESTO DA VIDA COMO A FALTA DE SENSIBILIDADE NOS PÉS E NAS MÃOS. TENTE SE IMAGINAR ANDANDO CALÇADO E SEM QUERER VC PISA EM ALGO COM PONTA PERFURANDO SEU PÉ E VVC NEM SENTE OU SEM PERCEBER VC PEGA EM UMA PANELA COM AGUA FERVENDO E NOVAMENTE VC NÃO SENTE SÓ OQUE RESTA SÃO O FERIMENTO E O TEMPO QUE VC VAI LEVAR PARA SE CURAR. MAIS O MAIS INTERESANTE É SE VC PERDER UM ORGÃO COMO DEDO, ORELHA, NARIZ NÃO PENSE EM VC PENSE NOS OUTROS QUE DARIAM TUDO EU DIGO TUDO POIS SOU A SIM TUDO PARA SENTIR A MAIS SIMPLES DOR.