No AMAZÔNIA:
Ônibus parados, confusão, filas imensas, falta de luz e carestia. Este foi o preço que os veranistas tiveram que pagar para sair de Belém neste segundo final de semana de julho. Em greve desde a noite de sexta-feira, os rodoviários pararam as três maiores empresas de transporte intermunicipais e interestaduais - causando transtornos para população.
Ontem, pela manhã, houve princípio de tumulto no Terminal Rodoviário de Belém. No portão de saída, rodoviários faziam piquetes para impedir a saída dos ônibus das empresas Transbrasiliana, Estrela do Mar e Boa Esperança. E do lado de dentro, passageiros insatisfeitos chegaram a forçar os vidros dos guichês de atendimento por conta do atraso nas viagens.
Nas roletas de passagem para plataforma, o acesso das pessoas também estava sendo controlado diante das enormes filas que se formaram no espaço. A falta de luz e o calor durante toda manhã foi outro agravante para o caos que se formou no Terminal Rodoviário.
'Está horrível. Eu acho isso uma falta de respeito com o trabalhador, no único momento que ele tem para se divertir. E o pior é que ninguém sabe dar informações direito sobre o que está acontecendo', afirmou a comerciante Ariane Begot, que estava com passagem comprada para Tucuruí.
Pela manhã, boa parte das empresas suspenderam a venda de passagens. A política de reembolso também estava sendo cumprida, mas para conseguir este atendimento, o consumidor teve contar com a paciência para receber o dinheiro de volta.
Valdilene Vieira Carvalho, por exemplo, era uma das pessoas que amargaram enormes filas em busca de explicações. Ela comprou passagens há uma semana para viajar de férias com os três filhos menores para São Luís (MA), onde vive o resto de sua família. Aborrecida, ela exigiu o dinheiro das passagens de volta. 'A gente iria de férias para passear, agora não sei, não tem ônibus, como é que vai ser?', interrogou desolada.
Mais revoltada ainda ficou dona Maria de Fátima. Ela iria às 7h30 para Tucuruí. 'Esses caras tinham que reivindicar de outro jeito, a gente não pode ser prejudicada nas férias', disse indignada contra os rodoviários.
De acordo com a Sinart, empresa que administra o Terminal Rodoviário, o serviço de orientação aos consumidores foi reforçado, porém, devido ao aumento da demanda diante da greve - e à falta de luz no bairro - os transtornos não puderam ser evitados. 'As empresas não estão cumprindo o número mínimo de viagens. Mas estamos orientando os passageiros a irem até aos boxes das empresas para conseguir a remarcação e o reembolso das taxas tanto das passagens quanto de embarque', afirmou o gerente geral da Sinart, Paulo Soares.
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