No AMAZÔNIA:
Quem não conseguiu embarcar nos terminais, mas ainda assim insistiu em sair da cidade, teve que se expor aos preços e os riscos de superlotação oferecidos pelas ônibus e vans alternativas. Para ir até Salinas, por exemplo, uma van fretada saía até por R$ 50 por pessoa.
A estudante Adriana Machado foi uma das pessoas que teve que contar com a paciência, sorte e custo extra para poder encontrar os amigos em Salinas. Ela chegou às 7 horas no Terminal Rodoviário. Enfrentou por duas horas uma fila imensa para conseguir receber o dinheiro da passagem que comprou na véspera e ainda teve que desembolsar mais R$ 10 para embarcar em uma das vans que ofereciam serviço no entorno da rodoviária. 'Vai ser o jeito, já está todo mundo me esperando em Salinas', afirmou.
Quem lucrou com a greve dos rodoviários foram os motoristas de vans e fretes do entorno do Terminal. A cooperativa em que José Roberto Trindade trabalha, por exemplo, mesmo cobrando viagens a R$ 400 para Salinas, o que dá uma média de R$ 50 por pessoa, já tinha disponibilizado seis viagens só pela manhã. 'Com certeza aumentou bastante o movimento. Tem dado para faturar uma graninha extra', afirmou o motorista, ressaltando que a empresa tem prezado pela segurança dos passageiros, não admitindo mais pessoas do que a lotação permite.
Esta, porém, não era a realidade da maioria das vans que ofereciam o serviço naquele trecho, sem qualquer fiscalização. Ao longo da BR-316, os riscos aumentavam. Até mesmo ônibus escolares viravam lotação para os balneários. Sem infra-estrutura adequada, e com lotação esgotada, o motorista cobrava até R$ 7 para levar passageiros em pé até Castanhal.
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