O presidente Lula, com todo o respeito, às vezes fala mais – bem mais – do que a liturgia do cargo (copyright José Sarney) recomenda.
Em Genebra, Sua Excelência, com amparo em sua em sua experiência pessoal, considerou que o quebra-pau em Teerã não possa de um ato de perdedores.
O atual presidente Mahmud Ahmadinejad teve uma votação de mais de 60%. “É um apoio muito grande para que as pessoas possam imaginar que tenha havido fraude", disse o presidente.
Tomará que o Conselho dos Guardiães, a instância máxima de deliberação no Irã, não descubra Lula.
Se o descobrir, com certeza o convocará. E aí ficaremos privados de nosso presidente.
Sim, porque até o Conselho dos Guardiães, que decide quase sumariamente, deverá se pronunciar sobre se anula ou não a eleição somente dentro de uns sete ou oito dias.
Mas Lula, numa passar d’olhos, já decidiu, já bateu o martelo, já concluiu que não houve fraude.
E se tiver ocorrido, hein, presidente?
E se o Conselho de Guardiães anular a eleição?
Nessas circunstâncias, como ficarão seus prejulgamentos?
E nessas circunstâncias, com que cara Vossa Excelência visitará Teerã no próximo ano?
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