Presos serram grades da cela e ganham rua

No AMAZÔNIA:

Nove presos da Seccional do Guamá escaparam na madrugada de ontem depois de serrar as grades da cela e abrir um buraco na parede ao lado do portão de entrada. Os presos usaram um pequeno pedaço de serra para cortar oito barras de ferro e retirar uma parte do gradil que divide o corredor da carceragem do saguão da seccional.
Até antes da fuga, 43 presos dividiam os três espaços do xadrez. Todos os nove presos que eram mantidos provisoriamente no corredor que dá acesso às celas conseguiram escapar pela porta da frente. A fuga, a primeira registrada no Guamá sob a administração do delegado Emir Medeiros de Miranda, foi comunicada ontem ao delegado Paulo Tamer, diretor de Polícia Metropolitana.
Policiais civis que estavam de plantão só perceberam a fuga por volta de 4 horas da manhã. O pedaço de grade arrancado pelos detentos foi deixado dentro da cela, junto à serra usada para cortar as barras de ferro.
A forma como os presos serraram as barras de ferro, para que o pedaço de grade fosse recolocado no espaço de onde foi tirado, é similar à usada na fuga dos presos da carceragem da Seccional da Marambaia, há cinco dias.
A polícia divulgou os nomes dos fugitivos: Diones Dias Fonseca, preso por tráfico de drogas; Eldon Pantoja da Silva, acusado de assalto; Fábio Nazareno Caxias Correa, foragido recapturado da Colônia Agrícola Heleno Fragoso; Gleydson Felipe Cerveira Alfaia, acusado de furto; Jorge Luís Silva do Nascimento, que responde por tráfico; Marinaldo Pereira Machado, preso por tentativa de homicídio; Raimundo André Monteiro Dias, foragido da justiça que havia sido recapturado; Sanderson Augusto Pinheiro e José Raimundo Lima Pereira.
Pela manhã, uma mulher que se disse esposa de um dos detentos procurou a seccional para saber sobre um alvará de soltura para o companheiro. Ela foi informada, no cartório da seccional, que o preso Sanderson Augusto Pinheiro, que ela procurava, havia fugido e, portanto, perdido o direito à liberdade que conquistaria em pouco tempo.