sábado, 13 de dezembro de 2008

Drogas, traição & morte

Na ÉPOCA:

O policial de olhos verdes esbarrou com a atriz famosa num ensaio da escola de samba Grande Rio, em 2006. Naquela noite, Marcelo Silva, que fazia um bico como segurança no Monte Líbano, clube da zona sul carioca, impediu Susana Vieira de entrar num camarote. Ela não portava a pulseira que permitia a entrada. Resolvida a questão, Susana, então com 64 anos, comentou com amigos sobre a beleza do rapaz de 30 e poucos, 1,86 metro de altura, corpo malhado: “Ele é lindo. Adoro homem marrento”. No ensaio da semana seguinte, Marcelo estava na van que foi buscar a atriz em casa para outra festa. Ela o reconheceu e rapidamente engatou uma conversa – que terminou em beijos no banco de trás do carro. Quinze dias depois, ele já tinha se mudado para a mansão de 2.000 metros quadrados de Susana, na Barra da Tijuca. Era o começo de uma história com ingredientes de telenovela: paixão, holofotes, drogas, traição – e, na semana passada, morte.
Na manhã da quinta-feira, o ex-policial Silva, de 38 anos, morreu na garagem do apart-hotel onde morava com a namorada havia pouco mais de um mês, Fernanda Cunha, de 24 anos, pivô de sua separação de Susana. O delegado que investiga a causa da morte disse acreditar, a partir do depoimento prestado por Fernanda, que tenha sido uma overdose. Ela afirma que ele passou a noite anterior consumindo cocaína – comprada por Marcelo, ainda segundo o depoimento dela, das mãos de policiais militares.
O do público pela conturbada relação entre Susana e Marcelo se deve a algo mais que a simples atração pela vida de uma das atrizes mais populares do Brasil. O casamento com um homem quase três décadas mais jovem, a primeira traição, o perdão e a troca definitiva por outra mulher, muito mais jovem, são questões que tocam uma sociedade em que as mulheres conquistaram há pouco tempo o direito de ter uma vida amorosa livre mesmo depois da menopausa. A súbita celebridade de Silva, um anônimo que “tirou a sorte grande” casando-se com uma estrela da TV, foi outro aspecto que ampliou a curiosidade em torno da história.

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