sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Substituição de urna eletrônica por voto no papel é suspeita

No AMAZÔNIA:

O advogado Sábato Rosseti concluiu um estudo minucioso sobre o edital das eleições 2008 publicado pela 43ª Zona Eleitoral e já encontrou informações de que a pane das urnas eletrônicas não poderia exceder o limite máximo de 20 urnas com defeito para que fossem usadas as urnas de pano.
Segundo o edital, no caso de uma eventual pane e votação manual, o limite de urnas de lona a serem utilizadas não poderia ultrapassar 20.
Mas a votação tradicional extrapolou o que a própria Justiça Eleitoral havia determinado, que os cartórios pediram 'socorro' ao Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA). O advogado considera estranho o fato de que o número tenha extrapolado a previsão, por isso a demora nunca vista antes na reposição de urnas nas seções onde as primeiras máquinas deram defeito. Além da reposição de urnas não terem sido feitas por Ananindeua, mas sim por Belém, a Justiça Eleitoral do município também teria pedido ao TRE-PA ajuda com a reposição dos chamados flash Cards, que são os cartões de memória das urnas eletrônicas. 'Isso tudo a Justiça Eleitoral tem de explicar?, disparou Sábato Rosseti.
Durante todo o dia de ontem, eleitores denunciaram que havia urnas eletrônicas no Lixão do Aurá, na escola Álvaro Adolfo, no bairro da Guanabara e até enterrada no quintal de uma escola municipal. 'Não confirmamos esses outros casos, mas houve o caso concreto da escola Clóvis Begot, nas Águas Lindas, e por isso a Justiça Eleitoral do município tem que esclarecer como é que não tem controle sobre o principal insumo utilizado na eleição', disse o vereador tucano Elias Barreto.

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