Luiz Ismaelino Valente manda pra cá sua resposta acerca de comentários de leitores sobre seu artigo A mudança do traçado da 25 de Setembro:
É absolutamente livre a manifestação do pensamento. Cada um tem o direito de dizer o que pensa. Respeito a opinião dos que defendem a transformação da 25 de Setembro numa pista de alta velocidade. Defendo o direito deles se manifestarem.
Mas, data venia, tenho opinião em contrário e não é por acaso. Quando fui promotor de Justiça do Meio Ambiente em Belém (1988-1993), a questão já era objeto de debates e por isso me aprofundei no estudo do assunto, ouvindo especialistas em urbanismo e trânsito urbano, uns a favor outros contra a manutenção do traçado do projeto original da avenida.
Honestamente, os argumentos contrários à mudança do traçado me pareceram infinitamente preponderantes sobre os argumentos a favor da linha reta. Concordo com o Anônimo, quanto à ciclovia, que é perfeitamente incorporável ao atual traçado da via e não prejudica a sua finalidade. Além disso, bicicleta não mata (ou dificilmente mata).
Discordo de Denise Pacheco. Quem dera se a cidade toda tivesse a tranqüilidade e a segurança dos condomínios fechados! Ficar preso nos ônibus pode até atrasar nossos encontros, mas não mata. O que mata é abrir a avenida para a loucura do trânsito, que mata mais do que no Iraque. A morte é a única coisa na vida que não tem jeito. Pena que, diante dela (ou de sua notória possibilidade), a gente já nem se abale...
Veremos, porém, no que tudo vai dar. Daqui a alguns anos, veremos se a mudança do traçado da 25 de Setembro vai ser mesmo essa panacéia para "desafogar" o trânsito serial killer de Belém ou se vai ser como a balela da Nova Duque que, quando chega na Dr. Freitas, engarrafa tudo, porque não tem outra via de escape.
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