sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Missa celebra Santa Edwiges

No AMAZÔNIA:

Nem só de pedidos de endividados foi feito o dia dedicado à Santa Edwiges, ontem. Na igreja que leva o nome dela, em Belém, muitos pediram por saúde e até pela libertação da adolescente feita refém pelo ex-namorado em São Paulo.
Para marcar a data, a paróquia de Santa Edwiges deu início, ontem, a uma festividade composta por missas, arraial e procissões. A programação só termina no dia 25 deste mês, sendo prestigiada pelos católicos do conjunto Panorama XXI e arredores.
Ontem, porém, a visitação à igreja contou com muitas pessoas de outros bairros e até de visitantes que vieram de outros Estados para acompanhar o Círio de Nazaré. Em geral, são devotos da Santa ou gente que foi convencida de que Edwiges ajuda a vencer as dificuldades, sobretudo financeiras.
Alguns dos pedidos foram registrados em pedaços de papel que foram queimados durante a missa celebrada por dom Vicente Zico. Há pedidos de ajuda para pagar dívidas e também de intercessão junto a Deus para que alguém tenha saúde, paz e até seja liberta.
A copeira Francisca Leal, de 56 anos, e a fonoaudióloga Aline Dias, de 29 anos, foram até a igreja e rezaram por outras pessoas. A primeira, pelo filho, para que arrume um emprego. A segunda, por alguém que precisa pagar uma dívida.
Elas acreditam que a Santa ajudará e, sem saber, se encaixam no que o padre Irineu Roman considera ser o comportamento esperado por Edwiges, classificada como a madre Teresa de Calcutá de 800 anos atrás. A Santa foi uma duquesa que utilizou sua herança para atender à necessidade dos carentes, principalmente de quem foi preso por causa de dívidas.
Para Roman, o exemplo é mais do que válido nessa época de eleições. Deveria ser seguido pelas autoridades que deveriam se sentir obrigadas a prestar serviços ao povo, defende o padre. 'O dinheiro, a riqueza, de nada vale se for só pra si mesmo', enfatiza.
O padre observa que a dedicação ao interesse coletivo está presente na doação feita para a construção do templo e, da parte da Igreja, na prestação de serviço social realizado pelos grupos e pastorais em paralelo ao atendimento espiritual.

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