quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Diretora não aparece em escola onde urna foi “esquecida”

No AMAZÔNIA:

Ninguém sabe, ninguém viu. A diretora da Escola Municipal Clóvis Begot, identificada apenas como Telma Maria, desapareceu desde que uma urna eletrônica foi 'esquecida' por quatro dias em um sala usada como depósito no colégio, localizado na rua Osvaldo Cruz, bairro de Águas Lindas, em Ananindeua.
Na escola, funcionários se recusam a informar o paradeiro da diretora. Na Secretaria Municipal de Educação de Ananindeua (Semed), também nenhuma pista do que aconteceu com ela. Mas diretoras de outras escolas municipais, que não querem se identificar com medo de represália, informaram que desde que o episódio da urna 'esquecida' veio à tona, Telma Maria se recolheu na casa de parentes e teve uma crise nervosa.
Emocionalmente fragilizada, a diretora da escola Clóvis Begot teria, segundo relatos de amigas diretoras, chorado muito por ter seu nome envolvido em um escândalo junto com a Justiça Eleitoral. Ela teria ficado preocupada com o fato de que foi casada com um parente direto de dois candidatos a vereador do bairro. Segundo informaram as diretoras, Telma Maria nem estava 'trabalhando' para os irmãos da família de seu ex-marido, os vereadores eleitos Carlito e Rui Begot. Mas, sim, para o amigo pessoal de Helder Barbalho, prefeito de Ananindeua, Lívio Junior.
Na cabeça da diretora, revelam as amigas, toda a confusão da urna teria sido criada pelos ex-parentes, que não teriam ficado satisfeitos com a decisão de Telma em apoiar outro candidato.
O advogado da coligação do Povo de Ananindeua aguarda a decisão da Justiça Eleitoral sobre o pedido de perícia na urna que foi esquecida até o dia 9 de outubro nas dependências do colégio. Os chefes dos cartórios da 72ª e 43ª zonas eleitorais, Manoel e Leonardo Lima do Rego, autorizaram um servidor da Justiça Eleitoral a retirar a urna da escola debaixo de forte aparato militar, sem permitir que os advogados da coligação do Povo de Ananindeua pudessem examinar o equipamento.
Os advogados da coligação do Povo de Ananindeua, do candidato Manoel Pioneiro, tiveram de esperar cerca de 20 minutos para poder entrar no cartório.

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