sábado, 25 de outubro de 2008

Comboio para cruzar a BR

No AMAZÔNIA:

Continua a paralisação de cerca de 1,2 mil caminhões-baú com quase 30 mil toneladas de produtos, no município de Pugmil, em Tocantins. Ontem à tarde, aproximadamente 50 caminhões fizeram mais uma vez um comboio para tentar cruzar o bloqueio feito por grevistas no posto Pombal, em Castanhal, onde estão parados cerca de 100 caminhoneiros. Desde domingo, caminhoneiros autônomos decidiram reter na rodovia BR-153 os veículos das empresas que transportam alimentos, roupas, brinquedos, eletroeletrônicos, motocicletas, material elétrico e hidráulico e tintas para abastecer o varejo dos Estados do Pará, Amapá e Amazonas.
Os caminhoneiros autônomos exigem o adiantamento e o aumento do frete de R$ 1,40 para R$ 2,13 por quilômetro rodado, além do pagamento adiantado de combustível. O rendimento dos caminhões é de até três quilômetros com um litro de combustível, que custa em média R$ 2,10, enquanto o frete está sendo pago a R$ 1,45. No Pará, segundo o sindicato das empresas, o frete custa R$ 1,50, em média. A cada dia, chegam a Belém cerca de 350 carretas com produtos, cada uma com capacidade para 27 toneladas. E saem de Belém 300 caminhões-baús por dia.
O vice-presidente do Sindicato das Empresas de Logística e Transportes de Cargas no Estado do Pará, Daniel Luís Carvalho, disse que a maior preocupação é que a falta de produtos prejudique o mercado paraense. 'Os armazéns das transportadoras estão vazios. Não temos carga. Todas as transportadoras estão sendo cobradas pelos clientes para que tomem uma atitude em relação à paralisação. Essa greve está atrapalhando o abastecimento da cidade e a vida de muita gente', ressaltou.
Segundo Daniel Luís Carvalho, os caminhões das 40 empresas associadas ao sindicato estão sendo obrigados a parar no bloqueio feito pelos grevistas. 'Estão parando tudo o que vem para o comércio, inclusive medicamentos. A rodovia não está bloqueada, mas os grevistas intimidam os nossos motoristas de carretas-baús e até já agrediram alguns com pedradas, como ocorreu na quarta-feira, no Tocantins', disse o vice-presidente Sindicato das Empresas de Logística e Transportes de Cargas no Estado do Pará .

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