No AMAZÔNIA:
O secretário de Meio Ambiente, Valmir Ortega, disse ontem, em Paragominas, que o órgão, junto com a Secretaria de Segurança, estão acompanhando e monitorando a área, em Ulianópolis, onde sem-terra estão há mais de 10 dias ateando fogo em propriedades rurais e inclusive reservas florestais, e que ele está 'aguardando um diagnóstico mais claro da situação', para poder intervir na área. Ele ressaltou que cabe agora à Segup a coordenação desse monitoramento, tanto no aspecto da segurança quanto no das questões ambientais, junto com o policiamento ambiental da Sema, para tomar as medidas cabíveis.
Ortega afirmou que, na prática, ele ainda não sabe exatamente do que se trata. 'A denúncia apresentada é a de que seriam os ocupantes das áreas que estariam promovendo a destruição. Garanto que os responsáveis serão penalizados, sejam eles os ocupantes ilegais ou os proprietários rurais', afirmou o secretário, dando a entender que existe a possibilidade de que os donos das 11 fazendas até agora atingidos pelas chamas é que teriam tocado fogo nas suas próprias áreas.
Indagado sobre o fato de que quanto mais demorar a intervenção do Estado na situação, maior terá sido a destruição de reservas florestais, áreas de reflorestamento e de plano de manejo, assim como a morte de centenas de animais silvestres, o secretário disse que 'não existem, no momento, muitas alternativas' para tentar se impedir essa destruição. 'São áreas de conflito, onde é difícil agir numa situação como essa', reconheceu. Ortega explicou, finalmente, que sua equipe já mantém contato com a direção do Incra e da Ouvidoria Agrária Nacional, 'para que se possam tomar ações conjuntas nesse caso'.
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