O imprevisível na vitória do Remo. E o prazer.

Sabem de uma coisa?
O gostoso do futebol é a imprevisibilidade. Dentre os esportes, o futebol é um dos mais imprevisíveis.
Querem saber de outra coisa?
O gostoso é sempre esperar o final de um partida - o término mesmo, depois do trinado do apito do árbitro - para, aí sim, cantar e festejar vitórias imprevisíveis.
Porque cantar vitória antes da hora, vocês sabem, normalmente dá errado. Normalmente.
Pois é.
O Remo ganhar por 2 a 0 - ou por dois gols de diferença - o Re-Pa do último sábado, levar a decisão para os pênaltis e tornar-se finalista da Copa Verde?
Era imprevisível. Claro que era.
O adversário, é fato, tem um elenco de qualidade superior ao do Remo.
O Leão, é outro fato, está numa daquelas fases em que seu maior adversário é a bagunça interna, que inclui salários em atraso e dirigentes desmentidos em público.
E daí?
E daí que, por tudo isso - a imprevisibilidade, a qualidade inferior do elenco do Remo e a necessidade de superação - tornaram muito, mas muito mais prazerosa para os remistas a dupla vitória do último sábado - primeiro no tempo regulamentar, depois na cobrança dos tiros livres diretos da marca do pênalti, que vulgarmente conhecemos como pênaltis.
Pronto.
E sabem de uma terceira coisa? Remistas que são verdadeiramente remistas têm orgulho de sê-lo. Independentemente de onde estiver o Remo. E de como estiver.
Ah, sim: para os que ainda não viram os gols da vitória do Leão, vejam aí no vídeo. E confiram o primeiro, do Dadá. Uma pintura de gol, como diriam os coleguinhas.
Mas vejam também os outros - seis ao todo, mais um no tempo regulamentar e os cinco de pênalti.