terça-feira, 14 de abril de 2015
A violência, o desamparo, a insegurança, o medo
Vejam só.
Essa imagem corre solta por aí.
Começou pelo WhatsApp, foi parar em telas de TV, está nas redes sociais, enfim, em tudo quanto é lugar.
A imagem mostra um motorista sendo assaltado ontem à tarde, na hora daquele toró, quando saía de uma agência bancária.
Ele foi vítima do assalto amplamente conhecido como saidinha, ocorrido, vejam bem, não naquelas áreas da cidade considerada zonas vermelhas, onde prolifera a insegurança máxima, o banditismo incontrolado e incontrolável, a criminalidade avassaladora.
Não.
O assalto ocorreu em área nobre da cidade, na avenida Generalíssimo Deodoro, esquina com a avenida Nazaré.
O roubo aconteceu em área supostamente mais policiada, até porque cheia de bancos.
O motorista para no sinal, vêm os bandidos - de moto, como sói acontecer em todas essas oportunidades -, um deles passa a mão no dinheiro e ambos fogem, levando também a chave do carro da vítima.
O roubo, confiram vocês mesmos, não demora mais de 10 segundos.
E dê-se o motorista por abençoado, porque perdeu o dinheiro, mas não a vida.
Esse flagrante aí foi feito por alguém que vinha atrás e registrou tudo com um telefone celular.
A vítima foi a uma delegacia para registra um BO?
Esse assalto entrará nas estatísticas oficiais?
Quantos desses roubos não ocorrerão diariamente, em Belém e sua região metropolitana, mas nem chegam a constar das estatísticas, porque as vítimas, muitas vezes, já nem se sentem mais motivadas a acreditar que a polícia haverá de recuperar bens que lhes foram roubados?
E assim seguimos todos, indefesos, desamparados e crescentemente amedrontados.
E assim seguimos todos, personagens da crônica diária de uma violência sem fim, que nos mantém presas fáceis de facínoras sempre à espreita onde quer que estejamos.
Nas zonas vermelhas, azuis, brancas, amarelos - onde forem.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
3 comentários:
É a sintese de tanto roubo no Brasil!!
E se for com "di menor", pior ainda.
Resta esperar coisas impossíveis:
- que os governos (plural, sim) ponham os jovens na escola, "parafraseando" a presidente atual.Ela disse que lugar de jovem é na escola, não na prisão...(lindo...)
(ela diz isso por que não teve, graças a Deus, nenhum familiar morto por um "di" fora de escola);
- que as "puliças" sejam menos bandidas do que os bandidos.
Triste horizonte, não?
Eu sou a favor do menor responder como adulto, independentemente da idade, não por ressocialização ou coisa que o valha. Cadeia e pena não ressocializa ninguém, nem criança, adolescente ou adulto. O objetivo seria só tirar de circulação mesmo.
Postar um comentário