A Comissão de Direitos Humanos e Minorias, da Câmara Federal, vem ao Pará para investigar ameaças de morte contra ativistas de direitos humanos da região de Rondon do Pará, Sudeste do Estado. O pedido foi feito por meio de requerimento apresentado pelos deputados federais Arnaldo Jordy (PPS-PA) e Luiz Couto (PT-PB). O objetivo dos parlamentares é cobrar uma ação efetiva das autoridades locais pela punição de criminosos e pela defesa das vítimas.
O requerimento 156/11 foi aprovado no último final de semana pela Comissão. A proposta surgiu a pedido do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Rondon, da Justiça Global e de Maria Joel, víuva do sindicalista José Dutra da Costa, o Dezinho. O ativista foi assassinado na região, em 2000, após receber várias ameaças devido a sua luta contra a grilagem de terra e a extração ilegal de madeira. Após a sua morte, Maria assumiu a bandeira do marido e, também, começou a receber ameaças.
Segundo Jordy, Rondon é uma das regiões mais violentas do estado. Ele quer maior atuação das autoridades para coibir ameaças e assassinatos de pessoas que buscam por melhorias sociais e trabalhistas. O deputado defende que o Congresso Nacional trabalhe para encontrar soluções para o problema. “Nós da Comissão devemos agir no sentindo de resolver a situação no local. A nossa ida servirá para fortalecer a luta pela punição dos mandantes do assassinato de Dezinho, que até hoje estão em liberdade. Vamos cobrar também ações mais contundentes contra esse tipo de crime. Além disso, queremos saber mais sobre a situação da Maria Joel, que há anos vem sofrendo ameaças de morte. Precisamos dar um basta nesse tipo de coisa.”, afirmou Arnaldo. O grupo deve visitar o local no final do mês de novembro, data próxima aos 11 anos da morte de Dezinho.
Fonte: Portal do PPS
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